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PIB da Alemanha sem alterações no primeiro trimestre

O PIB da Alemanha quebrou 0,2% (se for considerado somente o ajuste de preço), face ao ano anterior, e avançou 0,4%, no primeiro trimestre, quando comparado com o trimestre anterior (ajustado aos efeitos de preço, época e calendário).
23 Maio 2025, 12h44

O Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha manteve-se inalterado (com ajustamento de preços e de calendário) no primeiro trimestre, em comparação com o período homólogo, contudo quebrou 0,2% (se for considerado somente o ajuste de preço), diz o instituto de estatística alemão nos dados divulgados esta sexta-feira.

A economia alemã contudo avançou 0,4%, no primeiro trimestre, quando comparado com o trimestre anterior (ajustado aos efeitos de preço, época e calendário).

“O crescimento foi ligeiramente superior do que o previsto inicialmente (a 30 de abril existia um crescimento de 0,2% na economia alemã face ao trimestre anterior) devido aos bons desenvolvimentos económicos vistos em março”, disse a presidente do instituto de estatística da Alemanha, Ruth Brand.

“Em particular o output na manufatura e nas exportações teve um crescimento mais forte do que o inicialmente assumido. A última vez que o crescimento do PIB foi mais alto do que o registado no primeiro trimestre de 2025 foi no terceiro trimestre de 2022 (+0.6% face ao segundo trimestre de 2022)”, acrescentou Ruth Brand.

O instituto alemão sublinha que se verificou um aumento nas trocas com o estrangeiro no primeiro trimestre de 2025, ajustado aos efeitos de calendário e de época.

“O total das exportações de bens e serviços aumentou 3,2% face ao trimestre anterior”, refere o organismo. A influenciar os dados esteve as exportações de produtos farmacêuticos e de motores para veículos, trailers e semi-trailers.

“Um efeito antecipatório devido a preocupações com uma guerra comercial com os Estados Unidos é provável que tenha contribuído para esse desenvolvimento positivo. As importações também subiram no início do ano, com um crescimento de 1,1% um ritmo inferior ao das exportações”, salienta o instituto de estatística alemão.

Os dados dizem ainda que o consumo das famílias no primeiro trimestre viu um crescimento mais forte face aos anteriores trimestres, com uma subida de 0,5% face ao quatro trimestre de 2024, depois dos ajustes de preço, época, e calendário. A despesa do estado acabou por cair 0,3%.

O valor bruto acrescentado na economia alemã subiu 0,6% no primeiro trimestre face ao período homólogo, considerando as variações de preço, de época e de calendário.

A performance económica subiu na construção (+0.9%) e na manufatura (+1%). Na indústria houve crescimento na química, na manufatura de maquinaria e equipamentos, e no setor automóvel, enquanto que a manufatura de produtos derivados do metal caiu.

No setor dos serviços houve avanços na área da informação e comunicação (+1.7%), nas trocas comerciais, transportes, e serviços de transporte, alojamento e alimentação (+1.1%). Ao nível dos serviços ligados à área do negócio houve estagnação, e verificaram-se declínios nas atividades de seguros (-0.8%), na categoria de outros serviços (-0.3%) e ao nível dos serviços públicos, educação, e saúde (-0.2%).

Os investimentos caíram 1% no primeiro trimestre, face ao ano anterior, depois dos ajustes de preços. Na área dos equipamentos e maquinaria houve uma descida de 3,8%, e na construção a quebra foi de 1%.

As despesas das famílias aumentaram 0,5%. Houve aumento da despesa na saúde e transporte, e uma queda nos gastos com comida e bebida e nos serviços de acomodação. “O aumento nas despesas da famílias foi devido, em particular, a benefícios sociais mais elevados, e também nos tratamentos hospitalares, medicação e cuidados de saúde, por exemplo”, diz o instituto de estatística.

No primeiro trimestre as exportações caíram 1,1%, levando em consideração os ajustes de preços.

Houve subida na exportação de serviços (+0.2%), e a de bens caiu (-1.4%), “que é em parte justificado a uma menor exportação de motores de veículos, trailers e semi-trailers e de maquinaria. Por contraste as importações subiram 2,5%, com as importações de bens a subirem 2,8% e a de serviços a crescer 2%.

“Na importação de bens, registaram-se tendências positivas para metais e outros equipamentos de transportes. Nas importações de serviços, houve um aumento nos serviços de telecomunicação e de outros serviços do setor dos negócios”, salienta o instituto de estatística alemão.

O valor bruto ajustado ao preço desceu 0,7% no primeiro trimestre, face ao ano anterior. Nos serviços esse valor ficou inalterado e na manufatura desceu 1,6%. Na construção houve quebra de 3,5%. Nos serviços, na áreas dos serviços públicos, educação e saúde houve uma subida de 1,6%, a informação e comunicação cresceu 0,7%, e os outros serviços aumentaram 0,1%, as atividades de seguro e financeiras caíram 3,8% e os serviços ligados à área de negócios caiu 1%. Houve estagnação ao nível das trocas comerciais, transporte, acomodação, e serviços de alimentação.

Alemanha regista queda no emprego

Verificou-se queda no emprego. No primeiro trimestre existiam 45,8 milhões de pessoas cujo posto de trabalho era na Alemanha, menos 60 mil, ou menos 0,1%, face ao ano anterior. Verificaram-se quebras na indústria e na construção, e subida de emprego nos serviços.

Trabalhou-se mais horas por pessoa no primeiro trimestre (+0.4%), enquanto que a produtividade laboral caiu 0,5%, e a produtividade laboral por pessoa empregada desceu 0,1%.

A preços correntes o PIB aumentou 2,4%, e o rendimento nacional bruto aumentou 3,3%, no primeiro trimestre, face ao ano anterior. O rendimento nacional líquido levando em conta os fatores de custo subiu 2,9%. A compensação dos trabalhadores subiu 4,6% e o rendimento bruto e salários aumentou 3,9%, enquanto que o rendimento de empreendedorismo e de propriedade desceu 1,3%. As despesas das famílias subiu 3,2%, enquanto que o rendimento familiar subiu 2,5%, e a taxa de poupança caiu para os 13% quando no período homólogo se situava nos 13,6%.

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