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Pico da pandemia acontece ainda esta semana, prevê COTEC e Nova

De acordo com os dados projetados neste modelo, a prevalência da infeção em Portugal, ou seja, o número total de pessoas infetadas simultaneamente – atingirá o pico esta semana, com um máximo de 27,837 infetados.
9 Maio 2020, 18h19

Segundo o painel de indicadores (dashboard) da universidade e da associação empresarial, essa realidade não será igual em todo o país, uma vez que na região de Lisboa, Vale do Tejo e Alentejo só deverá acontecer a 15 de maio.

A COTEC acaba de lançar um novo dashboard – COVID-19 Insights, com indicadores de natureza prospetiva de apoio à decisão da comunidade empresarial, comunidade académica e público em geral. Este projeto resultou de uma parceria entre a COTEC Portugal e a NOVA Information Management School (NOVA IMS) da Universidade Nova de Lisboa.

De acordo com os dados projetados neste modelo, a prevalência da infeção em Portugal, ou seja, o número total de pessoas infetadas simultaneamente – atingirá o pico esta semana, com um máximo de 27,837 infetados. Uma realidade que se espera assimétrica a nível nacional. Nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo e Alentejo, o pico da prevalência da infeção está previsto apenas para 15 de maio, enquanto regiões como os Açores e o Algarve já terão ultrapassado este período.

O projeto integra múltiplas variáveis representativas de diferentes aspetos económicos, sociais e epidemiológicos, as quais são analisadas a partir de métodos analíticos avançados.

O COVID-19 Insights fornece informação, atualizada diariamente ou com frequência semanal, para alguns indicadores, sobre a situação internacional, a situação em Portugal, análise económica, índice de risco, mobilidade e modelos epidemiológicos. Todos os indicadores estão disponíveis tanto em valor absoluto, como relativizados pela população dos vários países.

Pedro Simões Coelho, professor catedrático da NOVA IMS e um dos coordenadores do projeto explica que “a incidência da infeção tem sido um indicador muito destacado nas últimas semanas, mas a prevalência da infeção é, atualmente, tão ou mais importante. Quanto maior for o stock de pessoas infetadas, maior será o risco de ressurgimento da propagação da doença, principalmente no momento atual de alteração de comportamentos, com a retoma gradual da economia”.

Adicionalmente, o COVID-19 Insights permite perceber as tendências de mobilidade dos portugueses, utilizando, para isso, os dados de histórico de localização da Google. O aumento da permanência nas zonas residenciais, face ao período de normalização (dados de janeiro e fevereiro), situa-se na casa dos 20% a cada fim de semana, quando durante a semana permanece acima dos 30%. Bragança, Beja e Portalegre foram os distritos que menos respeitaram o confinamento na residência.

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