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Pintura “Tours d’arme” de Vieira da Silva no leilão global da Christie´s

O leilão, anunciado em maio pela empresa como tendo um novo formato “global” para se adaptar à atual pandemia, decorrerá em simultâneo em Hong Kong, Paris, Londres e Nova Iorque.
7 Julho 2020, 15h14

O quadro a óleo “Tours d’arme”, da pintora portuguesa Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992), está entre as obras de arte do século XX que vão ser leiloadas na sexta-feira num leilão internacional da Christie´s.

O leilão, anunciado em maio pela empresa como tendo um novo formato “global” para se adaptar à atual pandemia, decorrerá em simultâneo em Hong Kong, Paris, Londres e Nova Iorque.

Entre as obras de pintura apresentadas no catálogo está uma tela assinada por Vieira da Silva, com 73,2 por 92 centímetros, datada de 1954.

O quadro foi comprado à Galerie Pierre, de Paris, em 1960, por um colecionador do Canadá e, em 2013, foi vendida num leilão da Sotheby’s ao atual proprietário.

Na altura, foi vendido por 445 mil euros, e agora surge no catálogo do leilão “ONE: A Global Sale”, da Christie´s, com uma estimativa entre 600 mil e 800 mil euros.

Em 2018, outra obra de Vieira da Silva, “L´Incendie 1” (“O Incêndio”), foi leiloada em Londres, pela mesma leiloeira, por um valor recorde para a artista de 2,290 milhões de euros.

O quadro pintado em 1944 partia com uma estimativa de base entre 1,2 milhões de euros e 1,6 milhões de euros.

O leilão, marcado para sexta-feira, inclui, segundo o catálogo, algumas obras de arte de artistas de renome, como Pablo Picasso, Roy Lichtenstein, Andy Warhol, Joan Miró, René Magritte, Robert Rauschenberg, Alexander Calder, Georgia O´Keefe, Jean-Michel Basquiat ou Lucio Fontana.

Em maio, quando o leilão foi anunciado, a Christie´s explicou, em comunicado que “o novo formato visa criar uma plataforma adaptável e inclusiva para apresentar importantes obras de arte a licitadores globais”, como o quadro de Picasso “Femmes d´Alger” (versão F, 1955) estimado em 23 milhões de euros.

Devido à pandemia, a leiloeira está a “reconfigurar novos formatos para fazer convergir os mundos real e virtual”, afirmou, então, Alex Rotter, um dos responsáveis da Christie´s.

O novo formato é descrito como “híbrido” pela leiloeira, e decorrerá pela primeira vez em “live-streaming”, e também presencialmente, naquelas cidades, seguindo as normas das autoridades locais.

O leilão global decorrerá regional e globalmente, em sessões consecutivas, começando em Hong Kong, e apresentará peças de arte impressionista e moderna, pós-guerra e contemporânea, desde pintura, desenho, escultura e também design.

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