[weglot_switcher]

Pires de Lima não se candidata à liderança do CDS e desafia Mesquita Nunes a avançar

Em entrevista à “Antena 1” e ao “Jornal de Negócios”, o antigo ministro da Economia responsabiliza Assunção Cristas pelo mau resultado eleitoral e sugere também que o salário mínimo chegue aos 700 euros no final da legislatura.
13 Outubro 2019, 11h00

O ex-ministro da Economia António Pires de Lima não se vai candidatar à liderança do CDS-PP e sugere que seja Adolfo Mesquita Nunes a avançar. Em entrevista à “Antena 1” e ao “Jornal de Negócios”, o antigo governante disse que não sente obrigação de o fazer e considera que há outras figuras centristas que podem ser uma mais-valia.

“Tenho esperança de que, mais cedo ou mais tarde (e se pudesse ser mais cedo do que tarde tanto melhor) que o talento do Adolfo Mesquita Nunes, que é imenso, possa ser posto à prova numa função de liderança política. Seria um grande desperdício para o CDS se isso não viesse a acontecer. Não o quero pressionar”, referiu.

António Pires de Lima quer ver à frente do partido um moderado, com pensamento liberal, e rejeita qualquer tentativa de fazer do CDS um partido confessional. “É preciso termos o melhor grupo parlamentar, bandeiras claras, causas claras e alguém, um líder, creio que da nova geração”, explicou, em declarações à rádio e ao diário de economia.

O gestor apela ainda aos cinco deputados eleitos do CDS a serem os “cinco bravos do parlamento” e responsabiliza Assunção Cristas pelo mau resultado eleitoral, aplaudindo os seus dois primeiros anos na liderança do partido. “A primeira responsável pela estratégia que o CDS seguiu, e que resultou neste resultado, é, infelizmente e obviamente, a líder do partido, que o assumiu com grande dignidade”, admitiu.

Na mesma entrevista, António Pires de Lima defende que é importante reduzir os impostos, diminuir a complexidade fiscal, aumentar a competitividade e o salário mínimo, que deveria chegar aos 700 euros no final da legislatura.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.