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PJ detém suspeito de burla ao se fazer passar por empregado da Empresa de Electricidade da Madeira e E-Redes

“O suspeito, que contactava as vítimas por telemóvel, apresentava-se como funcionário da Empresa de Eletricidade da Madeira ou da E-Redes e, invocando supostas coimas, taxas em dívida e/ou pagamentos em atraso, exigia que efetuassem transferências para referências multibanco, indicadas por ele, ameaçando cortar o fornecimento de energia elétrica se o pagamento não fosse feito de imediato”, diz a Polícia Judiciária. “As vítimas eram de várias zonas do país, mas com relevante incidência, da Região Autónoma da Madeira”, confirma a força policial.
11 Julho 2025, 15h06

A Polícia Judiciária (PJ), através da operação ‘Apagão’, confirmou esta sexta-feira a detenção, no Seixal, de um homem “fortemente indiciado” pela prática de vários crimes de burla qualificada e branqueamento de capitais.

“O suspeito, que contactava as vítimas por telemóvel, apresentava-se como funcionário da Empresa de Eletricidade da Madeira (EEM) ou da E-Redes e, invocando supostas coimas, taxas em dívida e/ou pagamentos em atraso, exigia que efetuassem transferências para referências multibanco, indicadas por ele, ameaçando cortar o fornecimento de energia elétrica se o pagamento não fosse feito de imediato”, diz a força policial.

A investigação que começou no início deste ano, apurou que o burlão, através deste estratagema, “se terá apropriado  de dezenas de milhares de euros, enganando um número ainda não determinado de vítimas”, que poderá ultrapassar as duas centenas.

“As vítimas eram de várias zonas do país, mas com relevante incidência, da Região Autónoma da Madeira”, refere a PJ.

No âmbito da operação ‘Apagão’, que contou com a colaboração da Força Aérea Portuguesa, foram realizadas três buscas domiciliárias, “tendo sido possível recolher importantes elementos indiciários e probatórios, da prática reiterada das burlas, por parte do suspeito, que recorria a circuitos bancários internacionais, para dissipação e ocultação do dinheiro obtido”.

A investigação vai prosseguir, confirmou a Polícia Judiciária, com o propósito de “apurar o número total de vítimas, o montante indevido conseguido, assim como o destino final” dessas quantias.

“O detido, de 38 anos, com antecedentes criminais pela prática de crimes de tráfico de estupefacientes, abuso de cartão de garantia, de dispositivo ou dados de pagamento, burla informática/telecomunicações, vai ser presente no Tribunal Judicial do Funchal, para primeiro interrogatório judicial de arguido detido e aplicação de medidas de coação”. referiu a PJ.

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