O ministro das Finanças, João Leão, adiantou que o Plano de Recuperação que Portugal terá que entregar em Bruxelas para aceder às verbas do Fundo de Recuperação está “numa fase bastante avançada”, já que o Executivo quer ver autorizados os fundos “o mais cedo possível”.
“O governo está a preparar o seu Plano de Recuperação que está já numa fase bastante avançada para que o mais cedo possível consiga fazer com que estes fundos cheguem à economia portuguesa”, afirmou João Leão esta sexta-feira em Bruxelas, à margem da reunião do Eurogrupo, em declarações aos jornalistas transmitidas pela Sic Notícias.
O ministro da tutela frisou que os últimos indicadores em Portuga revelam que o país “têm estado a recuperar significativamente, nomeadamente “na construção, na indústria e nalguns outro setores”. Contudo, salientou que “essa recuperação” que “também é sentido noutros países europeus” é “ainda muito incompleta e incerta, uma vez que “a pandemia ainda continua em toda a Europa”.
“O foco da reunião do Eurogrupo foi como recuperar a economia portuguesa, europeia e dos diferentes países neste ano e no próximo. Considerámos que o desafio principal vai ser a recuperação da economia e do emprego. Para isso vai ser fundamental que o Fundo de Recuperação europeu, que vai financiar os programas nacionais de reformas. Nesse sentido, discutimos aqui quais deveriam ser as prioridades”, disse, acrescentando que “deve ter uma visão de estimular a economia o mais rapidamente possível, mas não deve perder foco”.
Sinalizou ainda que os ministros das Finanças da zona euro discutiram a introdução de novas formas de fiscalidade” mais justa e ambientalmente mais favorável”, nomeadamente impostos sobre as multinacionais tecnológicas, assim como a possibilidade de introduzir novos impostos sobre a importação de produtos poluentes.
“Foram dados importantes passos no compromisso de acelerar uma reforma importante que é a União Bancária a nível europeu, uma reforma extremamente importante”, vincou, apontando para o objetivo final do seguro de depósitos europeu “que ajudará os diferentes países a crises que possam existir no futuro”, assim como diminuir a exposição a eventuais crises no setor financeiro.
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