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Plano para a Economia Azul de Cabo Verde será apresentado ao governo local até novembro 

Na perspetiva de Paulo Veiga, a economia do mar implica que os investimentos turísticos levem em consideração não só a conservação dos oceanos, mas também do meio ambiente e das zonas costeiras cabo-verdianas.
10 Setembro 2019, 15h21

O secretário de Estado Adjunto para a Economia Marítima de Cabo Verde anunciou esta terça-feira que até novembro será apresentado ao Governo o Plano para a Economia Azul e, a partir daí, todos os projetos terão que levar em consideração este conceito.

Para o efeito, o Comité de Pilotagem para a Economia Azul reuniu-se na Cidade da Praia sob a presidência do secretário de Estado Adjunto para a Economia Marítima cabo-verdiano, Paulo Veiga, para analisar o estado de avanço dos trabalhos realizados, no quadro do processo de transição de Cabo Verde para a Economia Azul.

Segundo o governante, com a aprovação do referido plano a construção, por exemplo, de um porto implicará o estudo do impacto que isto vai ter no ambiente e a forma de o minimizar. “Vamos ter portos azuis, portanto, portos que tomam conta dos desperdícios, os controlam e dão muita atenção ao ambiente”, precisou Paulo Veiga, acrescentando que isto vai “mudar o paradigma” tudo que tem sido feito até hoje.

Paulo Veiga fez essas considerações à imprensa à margem do ato de abertura da reunião do Comité de Pilotagem para a Economia Azul, que decorreu na Cidade da Praia.

Segundo o secretário de Estado Adjunto para a Economia Marítima cabo-verdiano, Cabo Verde está a seguir o conceito global das Nações Unidas, que é a conservação do planeta, do oceano e da atmosfera, que “não estão saudáveis”, pelo que é preciso que se mude de atitude.

Na perspetiva de Paulo Veiga, a Economia Azul implica que os investimentos turísticos levem em consideração não só a conservação dos oceanos, mas também do meio ambiente e das zonas costeiras cabo-verdianas.

A diretora-geral do Emprego, Formação Profissional e Estágios Profissionais de Cabo Verde, Jaqueline Moniz, por seu lado, considerou que o sector da Economia Azul representa um “potencial enorme” no que concerne à criação do emprego, já que, segundo ela, Cabo Verde é um país rodeado do mar.

A seu ver, famílias e jovens podem beneficiar do potencial que a economia azul poderá proporcionar. Mas, para que se tire partido da economia azul, prossegue Jaqueline Moniz, é preciso “preparar e capacitar os jovens”.

O Comité de Pilotagem para a Economia Azul é um órgão técnico que analisa e debate temas respeitantes ao processo de transição de Cabo Verde para a Economia Azul e integrado por instituições do setor público. Tem por missão aconselhar e emitir pareceres sobre a implementação do programa.

Para a coordenadora nacional do projeto, Iolanda Brites, Cabo Verde tem uma “vasta extensão” da zona económica exclusiva e, por isso, pretende-se tirar o “maior proveito” do mar existente à volta.

São membros do Comité de Pilotagem os ministérios da Economia Marítima, das Finanças, do Turismo e Transportes, dos Negócios Estrangeiros, além da Direção Nacional de Industria e Energia, Direcção Nacional do Ambiente, Instituto Nacional do Desenvolvimento das Pescas, Instituto Nacional de Estatística, Instituto nacional do Ordenamento do Território e Universidade de Cabo verde. A FAO participa enquanto membro observador.

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