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Plano quinquenal chinês entreabre porta à União Europeia

China quer deixar de estar nas mãos da importação de tecnologia, mas considera que o comércio mundial é um bem que não deve ser minguado. É a vingança de Xi Jinping sobre Donald Trump.
22 Novembro 2020, 13h00

Inovação e autossuficiência tecnológica – um jargão comum para os planos anuais de qualquer empresa industrial ocidental compartimentada entre duas assembleias gerais de acionistas, mas levemente bizarro numa organização que chegou a ter no horizonte abrangências como a Revolução Cultural ou o Grande Salto em Frente. Inovação e autossuficiência tecnológica são o jargão pós-capitalista que o Partido Comunista da China (PCC) elegeu para dar a conhecer os fios condutores do 14.º Plano Quinquenal (2021-2025). Desde logo, diametralmente diferente – num certo sentido é o oposto – do 13.º, no qual o PCC prodigalizava “as tarefas da reconstrução da defesa nacional e do exército até o ano de 2020”, como se lia na altura.

O Plano e a América
Ora, o comparativo indica que o 14.º Plano é uma espécie de regresso à paz, passada que parece estar a tentação belicista (ou talvez ela tenha sido cumprida e por isso já não seja uma preocupação). Mas não: é apenas mudar os azimutes da guerra para o campo de batalha onde a violência tem agora lugar: a tecnologia. É impossível dissociar a decisão do PCC – partido liderado por inerência (ao contrário) pelo presidente chinês Xi Jinping – em fazer enveredar o país pela autossuficiência tecnológica da guerrilha mantida ao longo dos últimos quatro anos entre Pequim e Washington a propósito do 5G.

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