Segundo dados recolhidos pelo Internet World Stats, numa população mundial total de mais de 7 mil milhões de habitantes, 58% têm acesso à internet, chegando a atingir 87% em regiões como a Europa, e ainda um pouco mais na região Norte Americana.

Em linha com aquilo que hoje são os hábitos quotidianos desta “comunidade digital” significativamente grande e de possíveis consumidores, sentimos que uma das maiores preocupações dos comerciantes ou representantes das marcas, deixou de ser a confiança que um modelo de E-commerce devolve ou não, ao seu público-alvo.

Hoje, o utilizador sabe que os modelos de e-commerce funcionam efectivamente

A “info-exclusão”, ainda longe de estar resolvida, é hoje um problema que perde terreno a uma velocidade acima de qualquer expectativa. Este é porventura, um dos maiores paradigmas na forma como a economia digital se manifesta e se posiciona no quotidiano de todos os que usam as suas pesquisas online, pois coloca ao alcance de qualquer consumidor final ou agentes por atacado, e através de um clique, mercados internos ou externos, com uma enorme diversidade de produtos e serviços, outrora difíceis de alcançar, onde os motores de busca assumem um papel central.

No relatório de 2019 dos CTT, este indica que, os e-buyers portugueses continuam a comprar maioritariamente em sites e/ou plataformas de e-commerce internacionais.

Motor de busca como a principal alavanca do E-commerce

O Google processa em média mais de 40.000 consultas de pesquisa a cada segundo, traduzindo mais de 3,5 mil milhões de pesquisas diárias em todo o mundo. Hoje, o consumidor final considera, cada vez mais, colocar em primeiro lugar a procura de uma oferta ou solução por via digital, muito antes de consultar o mercado pela tradicional via física.

O resultado desta mudança de comportamento cria um dos fenómenos que mais caracteriza o hábito do consumidor digital: ROPO (Research online, purchase offline)!

Com o crescimento da confiança do cliente digital nos modelos de E-commerce, este fenómeno ajusta-se também no sentido inverso – Research Offline, purchase ONLINE –, o que transforma profundamente todas as marcas e empresas.

Para responder a este comportamento dos clientes, todos os negócios devem considerar o modelo Multicanal, onde todos os seus workflows de gestão de stock, apoio ao cliente, canais ou pontos de venda, se relacionam num único ecossistema, abrindo não só caminho para grandes desafios na comunicação e marketing das empresas, mas também tornando-as bem mais eficientes.

A sedução de um modelo de E-commerce torna-se efetivamente transversal, quer para o cliente quer para marcas e empresas.

Modelo multicanal

Uma estratégia adotada pelos comerciantes que procuram atender o cliente de diversas maneiras. A ideia é chegar até os consumidores da forma mais cómoda para eles, seja por via de lojas físicas, lojas online, aplicativos ou marketplaces, onde o papel das novas tecnologias e plataformas de e-commerce, se assume como central.

Tudo isto acaba por resultar, naquilo que julgo poder designar como uma aproximação a uma escala muito pessoal e personalizada das empresas aos seus clientes, e que resulta incontornavelmente por qualificar o consumidor como exclusivo e central, no momento em que este se deixa seduzir por essa mesma exclusividade! Seja ela efetiva ou não.

Economicamente, verificamos um transporte do volume de negócio já existente para o canal digital, assim como um crescimento significativo do consumo de bens e serviços. Esta realidade deve-se ao aumento e velocidade na acessibilidade aos canais de venda, através das tão sedutoras tecnologias e soluções diversificadas de e-commerce.

O relatório de 2019 dos CTT conclui também que há mais portugueses a comprar online: 46% dos portugueses fizeram pelo menos uma compra online durante o ano de 2018 o que representou um aumento de 17% face ao ano anterior! Estima-se que em 2019 possa ter aumentado em 18%.