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Pode um ‘elétrico’ poluir mais do que um carro convencional? Novo estudo revela que sim

Para construir cada bateria de um carro elétrico, que pesa mais de 500 kg, será emitido mais 74% de CO2 do que para produzir um carro convencional. Novo estudo revela que carros eléctricos ainda descarregam dióxido de carbono ao nível dos carros convencionais.
  • Thomas White/Reuters
16 Outubro 2018, 16h22

As grandes construtoras têm planos de reduzir as emissões de gases do efeito estufa em veículos elétricos, mas os fabricantes estão a produzir baterias de lítio em locais com algumas das redes mais poluidoras do mundo, revelou o mais recente estudo da Bloomberg NEF.

Segundo os dados, até 2021, haverá capacidade para construir baterias para mais de 10 milhões de carros que utilizem pacotes de 60 quilowatt-hora . A maior parte da oferta virá de lugares como a China, Tailândia, Alemanha e Polónia, que dependem de fontes não renováveis, como o carvão, para eletricidade.

“Estamos a enfrentar uma onda de emissões adicionais de CO2”, revelou Andreas Radics, sócio-gerente da consultora automóvel Berylls Strategy Advisors, em Munique, que argumenta que, por enquanto, os condutores na Alemanha ou na Polónia podem estar em melhor situação com um motor a gasóleo eficiente.

As mais recentes descobertas, mostram que enquanto os carros elétricos são livres de emissões na estrada, estes ainda descarregam dióxido de carbono ao nível dos carros convencionais, avança a notícia.

Para construir cada bateria de carro, que pesa mais de 500 kg, seriam emitidos mais 74% de CO2 do que produzir um carro convencional, caso este fosse produzido numa fábrica movida a combustíveis fósseis.

“Tudo se resume a onde a bateria é feita, como é feita e até de onde obtemos a nossa energia elétrica”, afirmou Henrik Fisker, diretor executivo e presidente da Fisker.

No entanto, os reguladores ainda não estabeleceram guias claros sobre as emissões de carbono aceitáveis ​​durante o ciclo de vida dos carros elétricos, apesar de países como a China, a França e o Reino Unido avançarem na direção de proibir motores de combustão.

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