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Políticos da esquerda europeia celebram libertação de Lula da Silva

Do Partido Trabalhista do Reino Unido, Jeremy Corbyn, ao francês Hollande, passando Anne Hidalgo, presidente da câmara municipal de Paris, políticos de esquerda pronunciaram-se sobre libertação do antigo presidente do Brasil.
9 Novembro 2019, 12h01

A libertação do ex-Presidente brasileiro Lula da Silva foi celebrada por várias figuras políticas da esquerda europeia, como o francês François Hollande e o britânico Jeremy Corbyn, que classificou a prisão do antigo governante de “injusta”.

“A prisão do ex-presidente Lula foi injusta e errada. Fico feliz que Lula esteja agora livre e que possa retomar o seu trabalho como um socialista comprometido, e líder do Partido dos Trabalhadores. O Brasil precisa do tipo de mudança real com a qual Lula sempre se comprometeu. Lula Livre”, escreveu o líder do Partido Trabalhista do Reino Unido, Jeremy Corbyn, na rede social Twitter.

Do lado francês, Hollande diz acreditar que Lula usará a sua liberdade para servir o Brasil.

“O lugar de Lula não era na prisão. A liberdade foi-lhe restaurada, sei que ele a colocará a serviço do Brasil”, declarou o ex-chefe de Estado francês.

Também a francesa Anne Hidalgo, presidente da câmara municipal de Paris, usou o Twitter para dizer que aguarda a visita de Lula à sua capital.

“É bom saber que o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva acaba de ser libertado. Espero por ele o mais rápido possível em Paris, onde ele é Cidadão Honorário”, disse Hidalgo, referindo-se ao prémio que a própria concedeu ao ex-governante, no início de outubro.

A mensagem de Anne Hidalgo obteve uma reposta de Lula através da mesma rede social, que agradeceu a concessão da cidadania de honra, título que o histótico lider do Partido dos Trabalhadores (PT) considera ser de “tamanho imensurável”.

Luiz Inácio Lula da Silva, de 74 anos, que governou o Brasil entre 2003 e 2010, saiu na sexta-feira em liberdade após o Supremo Tribunal Federal brasileiro (STF) ter decidido anular prisões em segunda instância, como era o caso do antigo chefe de Estado, preso desde abril de 2018.

O ex-Presidente deixou a sede da Polícia Federal de Curitiba, no estado do Paraná, sul do Brasil, pelas 17:40 locais (mais três horas em Lisboa), rodeado por uma multidão que envergava cartazes e faixas com as frases “Lula Livre”, “Lula é inocente”, tendo sido lançado fogo de artificio.

Quem também celebrou a saída da prisão de Lula foi o ativista indiano e Nobel da Paz, Kailash Satyarthi, sublinhando que a sua libertação “ajudará a unificar uma sociedade brasileira dividida”.

“Parabéns ao meu querido amigo e ex-Presidente Lula. Notícias incríveis! Eu encontrei-me com ele na prisão há apenas 15 dias e agora ele está livre. A verdade prevalece. A sua libertação ajudará a unificar uma sociedade brasileira dividida, a restaurar a fé na justiça. Ele pode emergir como um ícone para a paz”, afirmouS atyarthi.

O histórico líder do PT foi preso após ter sido condenado em segunda instância pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), num processo sobre a posse de um apartamento, que os procuradores alegam ter-lhe sido dado como suborno em troca de vantagens em contratos com a estatal petrolífera Petrobras pela construtora OAS.

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