Mais uma peripécia da vida do ex-presidente catalão Carles Puigdemont – desta vez a sua detenção em Itália – faz regressar o tema sempre presente da politização da Justiça espanhola, contra a qual os independentistas da Catalunha vociferam, sem que seja simples ao governo de Madrid desmentir essa evidência: escudado na lei e na obrigação de o executivo deixar seguir os seus trâmites, o chefe do executivo, o socialista Pedro Sánchez, não consegue desfazer a mensagem catalã de que a lei está feita de forma e imiscuir-se na questão política.
A detenção de Puigdemont mereceu da parte do governo catalão uma declaração que, não sendo lacónica, não é um verdadeiro empunhar de armas: a consellera (ministra regional) da Ação Externa, Victòria Alsina, afirmou que “o problema de Espanha com o Estado de Direito vai além do caso do presidente Puigdemont. O Conselho da Europa tem reclamado reiteradamente o fim da politização da Justiça e o comissário europeu da Justiça pediu explicitamente a renovação da cúpula do poder judicial”. “A partir de 2022, a Comissão Europeia enviará recomendações aos Estados-membros para assegurar o cumprimento do Estado de Direito: podem vir aí recomendações duras para Espanha”, acrescenta Alsina.
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