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Politização da Justiça no caso catalão esbarra no Orçamento

Detenção do antigo presidente da autonomia catalã, Carles Puigdemont, desta vez em Itália, vem lembrar que Espanha tem um problema pendente. Mas quando se debate o primeiro Orçamento do Estado pós-pandemia há mais problemas.
15 Outubro 2021, 18h10

Mais uma peripécia da vida do ex-presidente catalão Carles Puigdemont – desta vez a sua detenção em Itália – faz regressar o tema sempre presente da politização da Justiça espanhola, contra a qual os independentistas da Catalunha vociferam, sem que seja simples ao governo de Madrid desmentir essa evidência: escudado na lei e na obrigação de o executivo deixar seguir os seus trâmites, o chefe do executivo, o socialista Pedro Sánchez, não consegue desfazer a mensagem catalã de que a lei está feita de forma e imiscuir-se na questão política.

A detenção de Puigdemont mereceu da parte do governo catalão uma declaração que, não sendo lacónica, não é um verdadeiro empunhar de armas: a consellera (ministra regional) da Ação Externa, Victòria Alsina, afirmou que “o problema de Espanha com o Estado de Direito vai além do caso do presidente Puigdemont. O Conselho da Europa tem reclamado reiteradamente o fim da politização da Justiça e o comissário europeu da Justiça pediu explicitamente a renovação da cúpula do poder judicial”. “A partir de 2022, a Comissão Europeia enviará recomendações aos Estados-membros para assegurar o cumprimento do Estado de Direito: podem vir aí recomendações duras para Espanha”, acrescenta Alsina.

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