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População em Portugal aumenta pelo sexto ano consecutivo com imigrantes

Portugal tinha 10 749 635 de pessoas em 2024, mais de cem mil do que um ano antes. O acréscimo populacional resultou de um saldo migratório de 143 641 pessoas que compensou o saldo natural negativo, revelam dados do INE, divulgados esta quarta-feira.
18 Junho 2025, 13h08

A população residente em Portugal aumentou pelo sexto ano consecutivo, impulsionada pelos imigrantes. Dados do Instituto Nacional de Estatística, divulgados esta quarta-feira, 18 de junho, estimam que em 2024, a população portuguesa era de 10 749 635, mais 109 909 pessoas do que em 2023 (10 639 726 pessoas).

“O acréscimo populacional resultou de um saldo migratório de 143 641 pessoas (155 701 em 2023), que compensou o saldo natural negativo, de -33 732 (-32 596 em 2023)”, conclui o INE.

Estes resultados traduzem-se em taxas de crescimento efetivo, migratório e natural de 1,03%, 1,34% e -0,32%, respetivamente e que comparam com 1,16%, 1,47% e -0,31%, respetivamente, em 2023.

Em 2024, em consequência do decréscimo da natalidade, o número médio de filhos por mulher em idade fértil diminuiu para 1,40 filhos (1,44 em 2023).

O envelhecimento demográfico em Portugal continuou a acentuar-se. Em 2024, o índice de envelhecimento atingiu o valor de 192,4 idosos por cada 100 jovens (188,1 em 2023).

Os dados do INE revelam que a idade mediana da população residente em Portugal (que corresponde à idade que divide a população em dois grupos de igual dimensão) era, em 2024, de 47,3 anos, mais 3,2 anos do que em 2015, ano em que se situou em 44,1 anos.

Entre 2015 e 2025, o índice de renovação da população em idade ativa, que corresponde ao número de pessoas dos 20 aos 29 anos por cada 100 pessoas dos 55 aos 64 anos, assumiu sempre valores inferiores a 100. Isto é, o número de pessoas em idade potencial de saída do mercado de trabalho não é compensado pelo número de pessoas em idade potencial de entrada no mercado de trabalho. Em 2015 este índice foi de 80,7 e em 2024 diminuiu para 77,4 (76,5 em 2023).

Saldo natural agrava-se 
De acordo com os dados do INE, em 2024, registaram-se 84 642 nados-vivos de mães residentes em Portugal, menos 1,2% do que em 2023 (85 699), o que contribuiu para uma redução da taxa bruta de natalidade, que passou de 8,1 nados-vivos por mil habitantes em 2023 para 7,9 em 2024.

O número de óbitos de residentes em território nacional foi de 118 374, mais 0,1% (mais 79 óbitos) do que em 2023. Apesar do ligeiro aumento da mortalidade, a taxa bruta de mortalidade diminuiu de 11,2 óbitos por mil habitantes em 2023 para 11,1 em 2024.

O decréscimo da natalidade agravou o saldo natural, em 2024, para -33 732 (-32 596 em 2023) e resultou na diminuição do Índice Sintético de Fecundidade (ISF), de 1,44 em 2023 para 1,40 em 2024.

Estimativas do INE para o primeiro trimestre de 2025, divulgadas na semana passada, apontam para um agravamento do saldo natural.

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