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Popularidade da bitcoin não prejudicará o ouro como ativo de refúgio, garante Goldman Sachs

Desde que o ouro atingiu o seu nível máximo a 6 de agosto, situando-se em 2.075 dólares por onça, o metal precioso caiu 8,7%, enquanto a bitcoin valorizou 94% no mesmo período.
18 Dezembro 2020, 17h03

A Goldman Sachs garante que o ouro e a bitcoin podem coexistir, embora a criptomoeda possa estar a reduzir, em parte, a procura pelo metal preciso, Ainda assim, sublinham que o ouro continuará a ser “um valor de refugio por excelência”, conforme citado pelo “El Economista”.

Segundo dados do site Coindesk, a Bitcoin negociou nos 20.792,37 dólares, uma subida de diária de 7,21%, tendo inclusive tocado num novo recorde intraday nos 20.890,11 dólares. Os analistas têm atribuído o disparo de 177% no valor da moeda digital este ano ao apetite pelo risco nos mercado, à entrada de investidores institucionais, escassez de oferta e à perceção de que poderá tornar-se num ativo de reserva.

Por sua vez, desde que o ouro atingiu o seu nível máximo a 6 de agosto, situando-se em 2.075 dólares por onça, o metal precioso caiu 8,7%, enquanto a bitcoin valorizou 94% no mesmo período.

O Goldman Sachs refere que “o recente desempenho menos positivo do ouro em relação às taxas reais e ao dólar deixou alguns investidores preocupados com o fato da bitcoin estar a substituir o metal precioso como proteção de inflação preferencial”. Embora acrescentem que “não vemos a popularidade crescente da bitcoin como uma ameaça existencial ao status do ouro como um valor de refugio por excelência”.

Investidores e instituições mais ricas têm evitado as criptomoedas devido a “questões de transparência, enquanto o investimento especulativo no retalho faz com que a bitcoin se comporte como um ativo excessivamente arriscado”, disse o banco. “Não encontramos evidências de que a alta da Bitcoin esteja a canibalizar o mercado altista do ouro e acreditamos que os dois podem coexistir.”

Alguns investidores estão confiantes de que a criptomoeda continuará a sua recuperação desenfreada. Scott Minerd, da Guggenheim Investments, acredita que a escassez de bitcoin, combinada com a “impressão desenfreada de dinheiro” pela Reserva Federal norte-americana, faria com que a moeda atingisse os 400 mil dólares (326 mil euros).

Raoul Pal, CEO da Global Macro Investor, previu que verá a bitcoin será negociada a 10 vezes mais o seu valor nos próximos 12 meses. A meta que estima para dezembro de 2021 é de 250 mil dólares (204 mil euros). “A bitcoin está a devorar o mundo”, afirma o especialista.

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