O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, disse hoje que Portugal vai “aguardar com serenidade” os desenvolvimentos das eleições presidenciais em Moçambique, sem comentar para já denúncias feitas em relação ao processo eleitoral.
Questionado sobre as denúncias feitas sobre irregularidades no processo eleitoral, Paulo Rangel reconheceu que há queixas, mas insisitu em aguardar para “ver se há algum caso que mereça especial atenção” e rejeitou criticar o sufrágio, para “deixar decorrer este momento sensível de apuramento eleitoral”.
Portugal “não interfere na política moçambicana”, sustentou o governante.
De acordo com a legislação eleitoral, até ao final do dia de hoje deve estar concluído o apuramento dos resultados provinciais, tendo o apuramento ao nível dos 154 distritos do país sido concluído no fim de semana.
A publicação dos resultados da eleição presidencial pela Comissão Nacional de Eleições, caso não haja segunda volta, demora até 15 dias (contados após o fecho das urnas), antes de seguirem para validação do Conselho Constitucional, que não tem prazos para proclamar os resultados oficiais após analisar eventuais recursos.
A votação incluiu legislativas (250 deputados) e para assembleias provinciais e respetivos governadores de província, neste caso com 794 mandatos a distribuir.
A CNE aprovou listas de 35 partidos políticos candidatas à Assembleia da República e 14 partidos políticos e grupos de cidadãos eleitores às assembleias provinciais.
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