O Ministério das Finanças realça a manutenção do excedente orçamental de 1% no primeiro semestre do ano, apesar da execução de medidas de alívio fiscal e revisão das carreiras da Administração Pública. Os dados, revelados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), são o “resultado de uma política orçamental prudente e sólida que Portugal tem seguido”, sublinha a tutela liderada por Joaquim Miranda Sarmento, em comunicado.
Mantendo a perspectiva de um excedente orçamental este ano de 0,3% PIB, o Governo destaca que o crescimento real do PIB foi revisto em alta 0,2 pontos percentuais (p.p) para 2,1% face aos 1,9% estimados anteriormente. Do mesmo modo, sublinha o Ministério das Finanças, o INE reviu igualmente o valor da dívida pública no ano passado, que atingiu um valor de 93,6% do PIB, quando em 2023 se fixou nos 96,6%. Uma descida de 3,3 pp, em “linha com os objetivos do Governo”.
“Estes resultados, mérito da capacidade das famílias e das empresas, têm permitido um reforço da confiança na situação orçamental e financeira de Portugal, como as recentes subidas de rating da S&P e da Fitch o atestam”, enaltece também a tutela, alertando, porém, que é “preciso não interromper este ciclo de equilíbrio orçamental e de redução da dívida pública, de forma que Portugal possa chegar ao fim da década com uma dívida pública abaixo dos 80% PIB, reforçando a confiança dos mercados e dos investidores no nosso país”.
Os dados do INE são conhecidos um dia depois de o Conselho de Finanças Públicas ter revisto em baixa o crescimento da economia para 1,9% este ano, abaixo dos 2,1% que o Governo inscreveu no OE2025. A entidade liderada por Nazaré da Costa Cabral prevê também o regresso dos défices a partir de 2026.
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