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Portugal continua entre os países mais preocupados com desinformação na Internet

Com trabalho de campo a cargo da YouGov, o projeto inquiriu a nível global em 2025 cerca de 97 mil indivíduos utilizadores de Internet, em 48 países. Este ano, a Sérvia junta-se ao conjunto de mercados globais em estudo, depois da inclusão de Marrocos em 2024.
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17 Junho 2025, 09h02

Portugal continua entre os países mais preocupados com a desinformação na Internet, com 71% dos portugueses a manifestarem preocupação com o fenómeno, nomeadamente com ‘influencers’ e políticos, segundo o Digital News Report Portugal 2025 (DNRPT25) hoje divulgado.

O DNRPT25 é produzido anualmente pelo OberCom – Observatório da Comunicação desde 2015, publicado a par do relatório global do RISJ – Reuters Institute for the Study of Journalism, da Universidade de Oxford, no Reino Unido.

Com trabalho de campo a cargo da YouGov, o projeto inquiriu a nível global em 2025 cerca de 97 mil indivíduos utilizadores de Internet, em 48 países. Este ano, a Sérvia junta-se ao conjunto de mercados globais em estudo, depois da inclusão de Marrocos em 2024.

“Em 2025, 71% dos portugueses afirmam estar preocupados com a desinformação e com o que é real ou falso na Internet, um nível de preocupação superior à média global (58%) e que coloca Portugal entre os países mais preocupados com este fenómeno”, destaca o relatório.

O nível de preocupação com a desinformação “mantém-se praticamente inalterado face a anos anteriores” e é “particularmente elevado entre os mais velhos, os mais escolarizados, os que têm rendimentos mais altos e os que possuem uma orientação política definida”.

A relação entre confiança em notícias e preocupação com desinformação “também se mantém consistente: quem confia em notícias tende a demonstrar níveis mais elevados de preocupação (79%) face a quem não confia (74%)”, lê-se no documento.

No que respeita às principais ameaças em termos de desinformação, “os portugueses apontam sobretudo os ‘influencers’ e personalidades ‘online’ (51%) e os políticos nacionais (44%), seguidos de governos ou atores estrangeiros e ativistas (ambos com 39%)”.

Em termos de preocupação com as redes sociais como veículo de desinformação, esta “mantém-se elevada, destacando-se o Facebook (56%) e o TikTok (55%) como as plataformas mais associadas a esse risco”.

As perceções variam consoante idade, género e perfil socioeconómico.

De acordo com o estudo, “os mais jovens tendem a ver o TikTok, X (antigo Twitter) e Instagram como maiores fontes de preocupação, enquanto os mais velhos atribuem maior peso ao papel dos políticos e ‘influencers'”.

Os motores de busca, ‘sites’ de notícias e conversas entre conhecidos “são consistentemente vistos como menos problemáticos em termos de propagação de desinformação, independentemente do perfil demográfico”, segundo o relatório.

O trabalho de campo decorreu entre 13 de janeiro e 24 de fevereiro deste ano.

Em Portugal foram inquiridos 2.012 indivíduos.

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