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Portugal é o 7.º destino global para nómadas digitais, com crescimento no interior

De acordo com o Global Digital Nomad Report 2024, a boa conectividade, o custo de vida acessível e um quadro legal favorável têm reforçado a posição do país como uma escolha atrativa para este novo modelo de vida.
27 Agosto 2025, 15h03

Portugal tem se destacado como um dos destinos preferidos para nómadas digitais, atraindo trabalhadores remotos em busca de qualidade de vida e uma conexão mais próxima com a natureza.

A boa conectividade, o custo de vida acessível e um quadro legal favorável têm reforçado a posição do país como uma escolha atrativa para este novo modelo de vida.

Segundo o Global Digital Nomad Report 2024, Portugal ocupa a 7.ª posição no ranking global de destinos para nómadas digitais, destacando-se especialmente pelos benefícios do visto D8, que permite que o tempo passado no país conte para o acesso à residência permanente. Em Lisboa, residem mais de 16.000 nómadas digitais, e em 2023 foram emitidos cerca de 2.500 vistos D8.

Embora as grandes cidades, como Lisboa e Porto, continuem a ser pontos de referência, cada vez mais nómadas digitais estão a optar por regiões do interior, impulsionando um movimento de “êxodo rural digital”.

Samuel Delesque, cofundador da Traditional Dream Factory (TDF), afirma que “a vida em harmonia com a natureza pode ser tão prática quanto inspiradora”, refletindo os valores procurados por trabalhadores remotos, como sustentabilidade e sentido de comunidade.

A Traditional Dream Factory, localizada em Abela, Alentejo, representa uma proposta inovadora a esse nível. Esta ecovila tecnológica e colaborativa oferece espaços para trabalhar e viver em comunidade, promovendo um estilo de vida descentralizado e regenerativo. Com uma infraestrutura que inclui áreas para caravanas, alojamentos glamping e espaços de trabalho bem conectados, a TDF já recebeu mais de 3.000 visitantes internacionais.

Delesque explica que a TDF está a construir um espaço onde “regeneramos o solo, cultivamos os nossos alimentos e partilhamos conhecimento”, ancorado em valores que fazem a diferença. O projeto funciona como uma organização autónoma descentralizada (DAO) e é financiado através do token $TDF, que permite acesso às instalações e incentiva a participação coletiva.

 

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