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Portugal no fundo da tabela na vida saudável e ativa e participação na sociedade dos séniores

Portugal compara mal face aos 27 países analisados, em termos de vida saudável e ativa; em termos de participação na sociedade; e em termos de segurança financeira (em todas abaixo da média). Mas compara bem ao nível das pensões e proteção laboral e ao nível do mercado de trabalho sénior (ambos acima da média).
21 Outubro 2024, 18h02

A Fundación Mapfre apresentou pela primeira vez em Portugal o Senior Economy Tracker, o índice que mede a economia sénior, na sede da Associação Portuguesa de Seguros, com a participação de Clara Marques Mendes, Secretária de Estado da Ação Social e da Inclusão.

Portugal compara mal face aos 27 países analisados, em termos de vida saudável e ativa; em termos de participação na sociedade; e em termos de segurança financeira (em todas abaixo da média).

Mas compara bem ao nível das pensões e proteção laboral e ao nível do mercado de trabalho sénior (ambos acima da média).

As dimensões do Senior Economy Tracker da Fundación Mapfre com dados sobre o país, “permitem conceptualizar a economia da longevidade nas dimensões social, institucional, macroeconómica e individual e o desafio demográfico associado à pressão potencial do envelhecimento da população sobre os sistemas de saúde, as finanças públicas e a equidade entre gerações”, explica a fundação.

Não é novidade que Portugal enfrenta um desafio demográfico significativo devido ao envelhecimento acelerado da sua população.

A baixa taxa de natalidade e o aumento da esperança de vida tem resultado num crescimento acentuado da percentagem de pessoas com mais de 65 anos. Embora represente uma conquista em termos de saúde e longevidade, o fenómeno coloca pressões significativas sobre o sistema socioeconómico português.

Para responder aos desafios que se colocam, o Centro de Investigação Ageingnomics, da Fundação Mapfre, criou um novo índice que permite monitorizar e medir o grau de evolução e de desenvolvimento da economia da longevidade nos países europeus.

“O envelhecimento da população portuguesa exige uma resposta abrangente que envolva reformas estruturais, investimento em saúde e inovação, e a promoção de um envelhecimento ativo e participativo. Só assim será possível garantir o bem-estar da população envelhecida e a sustentabilidade do sistema socioeconómico português”, defende Luis Anula, CEO da Mapfre Portugal.

“Este estudo evidencia que a sustentabilidade da Segurança Social é um dos principais desafios atuais, pois com menos contribuintes a financiar as pensões de um número crescente de reformados, são urgentes reformas estruturais para garantir a viabilidade do sistema a longo prazo. Ajustar a idade da reforma e incentivar planos de poupança reforma são algumas das medidas recomendadas”, afirma Luis Anula.

Conclusões do estudo

Foram apresentadas, pela primeira vez em Portugal, as conclusões dos dados extraídos e tratados pelo Centro de Investigação Ageingnomics e pela Universidade Pontifícia Comillas, que colocam Portugal nas seguintes posições face aos 27 países analisados:
• 5º lugar – Pensões e proteção laboral (acima da média)
• 9º lugar – Mercado de trabalho sénior (acima da média)
• 10º lugar – Transição demográfica (acima da média)
• 10º lugar – Saúde e proteção social (acima da média)
• 14º lugar – Mercado de bens e serviços para seniores (abaixo da média)
• 16º lugar – Segurança financeira (abaixo da média)
• 22º lugar – Vida saudável e ativa (abaixo da média)
• 23º lugar – Participação na sociedade (abaixo da média)

O Senior Economy Tracker foi criado em 2024 e utiliza dados abertos da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) e do Eurostat até 2020, oferecendo uma análise conjunta da economia da longevidade em Portugal.

O estudo é atualizado progressivamente para oferecer uma amostra histórica de 15 anos até 2020, que permite traçar tendências uma visão ainda mais completa do panorama.

“A Fundação Mapfre reforça com este estudo o seu compromisso em colocar a longevidade no centro do debate público, fornecendo informações relevantes para orientar as ações de governos, empresas e indivíduos. Contamos apresentar uma nova edição deste índice em 2025”, afirma Juan Palacios, diretor do Centro de Investigação Ageingnomics.

Apesar da existência de vários índices internacionais relacionados com economia e longevidade, “nenhum fornece uma visão conjunta da economia da longevidade”, refere a Fundación Mapfre.

 

 

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