O IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – emitiu esta quarta-feira um total de 1.250 milhões de euros, o montante máximo indicativo, num leilão duplo de Obrigações do Tesouro (OT) a seis e a 10 anos, tendo pago taxas mais baixas nas duas maturidades em comparação com as anteriores emissões, após os líderes da União Europeia terem chegado a um acordo para para a retoma da economia comunitária pós-crise da Covid-19, num pacote total de 1,82 biliões de euros.
A agência liderada por Cristina Casalinho emitiu 820 milhões de euros em OT com maturidade em outubro de 2030 e 430 milhões em dívida com prazo em em julho de 2026.
Na dívida a 10 anos, o Tesouro pagou uma taxa de colocação de 0,352%, o que compara com 0,595% num leilão a 10 de junho. Portugal pagou, desta forma, a taxa mais baixa para esta maturidade desde novembro do ano passado, quando pagou 0,333%.
No mercado secundário, a taxa dessa dívida benchmark portuguesa negoceia esta quarta-feira nos 0,37%, perto de mínimos de início de março, antes de a pandemia ter provocado uma subida rápída nas yields.
Para colocar as obrigações a seis anos, o IGCP pagou uma taxa de -0,108% face à positiveade 0,137% paga em junho. No mercado secundário, a taxa nesta maturidade está em terreno negativo (-0,092%).
Num Conselho Europeu que envolveu mais de 90 horas de negociações, os estados-membros acabaram por aprovar um Quadro Financeiro Plurianual para 2021-2027 de 1,074 biliões de euros e um Fundo de Recuperação de 750 mil milhões, com pouco mais de metade em subvenções.
Portugal poderá vir a arrecadar uma verba superior a 15 mil milhões de euros em transferências a fundo perdido no âmbito deste fundo, segundo o primeiro-ministro português, António Costa, montante semelhante ao que já estava previsto, isto apesar da diminuição substancial (em cerca de 20%) no montante a ser concedido aos Estados-membros em subvenções.
Entre os 45,1 mil milhões de euros que o país irá agora arrecadar incluem-se 15,3 mil milhões de euros em transferências a fundo perdido exatamente no âmbito desse programa para a recuperação, bem como 29,8 mil milhões de euros em subsídios do orçamento da União Europeia (UE) a longo prazo 2021-2027
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