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Portugal pode estar a violar direitos sociais europeus no aborto

Itália foi condenada por violação do direito de acesso à saúde e por discriminação, face aos obstáculos no acesso ao aborto. Em Portugal, acesso a esse serviço também é difícil em algumas zonas do país, relata “Diário de Notícias”.
Getty Images
22 Maio 2023, 08h56

As mulheres que queiram interromper uma gravidez ainda se deparam com muitos obstáculos em Portugal, avança esta segunda-feira o “Diário de Notícias”, que frisa que Itália, numa situação idêntica, foi condenada por violação do direito de acesso à saúde e por discriminação.

De acordo com o jornal, apesar de o aborto até às dez semanas por vontade da mulher ser um direito consagrado desde 2007, em várias zonas do país (como a Região Autónoma dos Açores), o acesso a esse cuidado de saúde ainda é dificultado. No total, 30% dos hospitais não fazem interrupção de gravidez e há mesmo situações em que as mulheres não obtêm resposta em tempo útil do Serviço Nacional de Saúde, sendo obrigadas a recorrer ao privado.

Em Itália, 35% dos hospitais estão nessa situação e, apreciando duas queixas, apresentadas pela Federação Internacional para o Planeamento Familiar e pela Confederação Geral Italiana do Trabalho (o maior sindicato do país), o Comité Europeu dos Direitos Sociais condenou o país por violação do direito à saúde, por discriminação no direito à saúde e por discriminação no direito ao trabalho.

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