Portugal é o 30º país do mundo com as administrações públicas menos corruptas, tendo subido uma posição no período de um ano. O mas recente Índice de Perceção da Corrupção (CPI, na sigla inglesa), elaborado pela Transparência Internacional (TI), atribui ao país uma pontuação de 64 pontos em 100 (numa escala em que 100 significa “muito transparente” e zero “muito corrupto”).
Segundo a organização internacional, no ano passado, a maior parte dos países continuaram a fracassar na luta contra a corrupção, o que fez escalar uma crise democrática a nível mundial. Patrícia Moreira, diretora da TI, refere que “a corrupção afasta a democracia para produzir um ciclo vicioso”, onde enfraquece as instituições e, por sua vez, como estão “fracas” tornam-se “menos aptas a controlar a corrupção”.
A Europa Ocidental e a União Europeia são as zonas onde se localizam os países menos corruptos, com uma pontuação média de 66. Por outro lado, a África Subsaariana (média de 32) e a Europa Oriental e Ásia Central (média de 35) estão na base desta tabela composta por 180 nações.
Entre os maiores destaques de 2018 estiveram os Estados Unidos (71º), que recuaram quatro lugares em termos homólogos e deixaram de estar nas 20 primeiras posições do índice pela primeira vez desde 2011. Também o Brasil (35º) registou uma queda, de dois lugares, e teve a menor pontuação em sete anos.
“É muito mais provável que a corrupção prospere onde as fundações democráticas são fracas e, como vimos em muitos países, onde políticos não democráticos e populistas podem usá-la em seu benefício”, explica Delia Ferreira Rubio, presidente da Transparência Internacional.
O que é que a TI aconselha os governos a fazerem?
O CPI inclui informação do Índice de Democracia da The Economist Intelligence Unit, do Índice de Liberdade no Mundo da Freedom House e do Relatório Anual sobre Democracia da Varieties of Democracy.
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