A Portugal Ventures, sociedade de capital de risco do grupo Banco Português de Fomento, anunciou esta quinta-feira o desinvestimento (exit) das startups Spinach Tours e Watgrid, que foram adquiridas por duas empresas internacionais dos sectores em que se inserem: turismo e vinicultura.
A Spinach Tours, de passeios turísticos, integrou o portefólio de turismo da Portugal Ventures em julho do ano passado, através da “Call Turismo”, e foi adquirida por um grupo internacional no sector dos operadores turísticos, cujo nome não foi identificado.
A Watgrid, que se tornou participada da Portugal Ventures através da “Operação Follow-ons” para mitigação do Covid-19 em julho de 2021, foi comprada pela italiana Enartis, do grupo Esseco e da indústria das bebidas alcoólicas.
“Com estas duas saídas, a Portugal Ventures cumpriu o seu papel, enquanto investidor público de capital de risco nas fases mais iniciais dos projetos, entrando no capital social das empresas, partilhando o risco com os fundadores, contribuindo para o crescimento dos seus negócios, valorizando-os e criando condições para que os projetos alcancem as metas que sejam atrativas para que outros operadores ou empresas entrem nos projetos”, afirmou Pedro de Mello Breyner, vogal executivo da sociedade.
No caso da Spinach Tours, os novos donos vão utilizar o software que desenvolveram. Tanto que o produto que têm se ir manter, bem como a estrutura da sua equipa, de acordo com a informação transmitida pela venture capital do Estado.
Na opinião do CEO da Spinach Tours, a entrada da Portugal Ventures no capital da Spinach Tours “foi determinante para o crescimento da marca a nível internacional, e para o desenvolvimento da tecnologia e da experiência” que a startup das tours transmite. Ainda assim, João Paiva Mendes considera que a nova acionista é “a melhor empresa para exponenciar” a marca e o melhor que se faz em Portugal de experiências turísticas.
Já a Watgrid ganha acesso à experiência e alcance global da Enartis, que irá beneficiar da tecnologia da Watgrid, cujo intuito é aumentar a qualidade e a eficiência dos processos de produção das adegas.
Para o CEO da Watgrid, “a parceria com a Portugal Ventures foi estratégica para o crescimento e desenvolvimento da Watgrid, o que nos permitiu expandir as nossas operações e desenvolver novos produtos”. Todavia, a “aquisição pela Enartis, irá permitir oferecer a tecnologia inovadora WINEGRID a mais adegas em todo o mundo, e reforçar o nosso portfólio de soluções com a experiência e o know-how da Enartis”, segundo Rogério Nogueira.
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