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Portugueses preferiram comprar no comércio local com forte probabilidade de crescimento

“O estudo indica que a tendência de (re)descoberta do comércio local se mantenha, mesmo depois de todas as restrições terem sido levantadas, com quase dois em cada três (68%) portugueses a manifestar a intenção de continuar a fazer as suas compras localmente”, explica a Mastercard.
9 Julho 2020, 16h37

Durante a pandemia, os portugueses optaram por consumir mais produtos no comércio local, desviando-se dos aglomerados das grandes superfícies. Segundo um estudo realizado pela Mastercard, os talhos, as padarias e as mercearias estão entre os negócios que verificaram um maior impulso desde que o período de confinamento teve início.

De acordo com o estudo, 72% dos inquiridos assumiram preferir fazer as compras no comércio local, de forma a “ajudar as pequenas lojas da sua comunidade a recuperarem”, com perto de metade a reconhecer a descoberta de novas lojas desde o início do confinamento.

“O estudo indica que a tendência de (re)descoberta do comércio local se mantenha, mesmo depois de todas as restrições terem sido levantadas, com quase dois em cada três (68%) portugueses a manifestar a intenção de continuar a fazer as suas compras localmente”, explica a Mastercard.

Também quatro em cada cinco (81%) dizem que os últimos meses os tornaram mais solidários, com mais de metade (51%) a assumir um maior sentimento de pertença à comunidade devido ao confinamento. À semelhança do que acontece por toda a Europa, um em cada três portugueses (31%) afirma ter ganhado o hábito de cumprimentar os seus vizinhos e 24% dizem que conhecem agora o nome dos proprietários das lojas locais.

A maioria dos inquiridos (59%) diz sentir saudades de frequentar cafés de bairro, com 44% a afirmar frequentá-los com maior frequência num futuro próximo para os ajudar a recuperar. Também, um em cada três (39%) disse que desfrutou de uma cerveja assim que o seu café local abriu portas.

“Prevê-se também uma recuperação gradual de negócios como cabeleireiros e barbeiros, com 57% a aguardar por uma ida ao cabeleireiro local, em vez de tentar cortar o cabelo com a ajuda da família ou amigos”, revela o estudo da Mastercard. De relembrar que os cabeleireiros e as barbearias foram dos primeiros estabelecimentos a conseguirem abrir portas após o desconfinamento.

Mas o confinamento também ressuscitou velhos hábitos do comércio local, como é o caso da entrega de leite em casa. De facto, 18% dos inquiridos afirmou ter recebido leite em casa durante o confinamento e 16% manifestou a intenção de manter o serviço depois de regressarem à normalidade.

“Os tempos que vivemos durante o período de confinamento mudaram a forma como fazemos as nossas compras”, garante Paulo Raposo, diretor-geral da Mastercard em Portugal, depois do estudo revelar que as padarias, as mercearias, os cafés e restaurantes locais serem os locais de comércio local onde se prevê o maior crescimento no pós-confinamento total.

“Além do crescimento significativo das compras online e dos pagamentos contactless, também verificámos que os consumidores estão a privilegiar a aquisição de produtos de confiança, nas suas comunidades locais. Esta relação local com o comércio desempenha um papel importantíssimo no fornecimento de bens e serviços e na recuperação das economias, mas também tem um papel mais abrangente relacionado com o apoio e o estímulo ao próprio espírito comunitário”, sustenta o diretor-geral da Mastercard. “Perspetiva-se, neste período difícil, que esta fidelização local aumente e permaneça em toda a Europa, à medida que regressemos a alguma normalidade”.

Também os talhos, as barbearias e os cabeleireiros, as lojas de roupa independentes, as drogarias, papelarias locais e livrarias independentes mostraram um grande potencial de crescimento após a reabertura total da economia portuguesa, depois de serem os locais de preferência dos portugueses durante o Estado de Emergência.

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