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Prada quer comprar a Versace e contratou o Citi para a assessorar

Segundo a Reuters, a Capri Holdings contratou o Barclays para analisar opções estratégicas, incluindo a venda das suas marcas Versace e Jimmy Choo.
Versace
10 Janeiro 2025, 11h05

A italiana Prada está entre os potenciais interessados que estão de olho no grupo de moda Versace, que a Capri Holdings colocou à venda, informou o jornal Il Sole 24 horas esta sexta-feira. A Capri é dona de marcas de luxo como Versace, Jimmy Choo e Michael Kors.

A Prada terá já contratado o Citi, com quem trabalhou no passado num projeto de dual-listing que foi suspenso, para a assessorar na proposta para a compra da Versace. Contactada pela Reuters, a Prada não quis comentar e o Citi não esteve também disponível para comentar.

As ações da Prada cotadas em Hong Kong fecharam a cair 0,4% nesta sexta-feira.

A Versace, fundada em Milão em 1978 pelo designer italiano Gianni Versace e é liderada atualmente pela sua irmã Donatella como diretora criativa, tornou-se conhecida pelos seus estampados ousados ​​e opulentos, incluindo o icónico motivo da Medusa.

Já a Prada, cujo estilo tem a marca da responsável criativa Miuccia Prada, tem vindo a desafiar a crise do setor com vendas 18% superiores (a câmbios constantes) no terceiro trimestre.

A empresa italiana tem conseguido contrariar o declínio da atividade no setor de produtos de luxo, com as receitas a subirem 18% no terceiro trimestre, devido sobretudo ao desempenho da Miu Miu.

A Capri Holding, dona da Versace, também contratou o Barclays para explorar as opções, estando em cima da mesa a venda das suas marcas Versace e Jimmy Choo, segundo duas fontes com conhecimento direto do assunto. Uma das fontes disse que todo o grupo Capri Holdings também poderia estar à venda.

A Versace foi responsável por um quinto da receita da Capri no ano fiscal que terminou a 30 de março de 2024, ou mil milhões de dólares de num total de 5,2 mil milhões de dólares do grupo, em comparação com 5,6 mil milhões de dólares no ano anterior.

Em novembro, a Capri registou uma queda superior ao esperado na receita trimestral, prejudicada por erros de execução e por uma desaceleração global da procura de bens de luxo.

Em novembro, a Tapestry, dona da Coach, abandonou um acordo de 8,5 mil milhões de dólares para comprar a Capri. Depois do acordo para criar um conglomerado de luxo nos EUA ter falhado, os executivos da Capri não descartaram a possibilidade de uma possível venda das suas marcas, avança a Reuters.

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