O Goldman Sachs reviu hoje em baixa o preço-alvo da EDP Renováveis. Dos 19 euros previstos anteriormente, o GS prevê agora apenas 15,5 euros nos próximos 12 meses. A cotada está agora com um potencial de valorização de 43% face ao preço de fecho de sexta-feira.
O banco norte-americano aponta que o mercado deverá continuar a descontar: um “abrandamento nas adições de energias renováveis, custos de desenvolvimento mais elevados e custos de capital mais elevados”.
A recomendação mantém-se em ‘comprar’, sustentada por três fatores-chave: “acreditamos que o mercado ignora os 200 milhões de ventos adversos não-recorrentes que a EDPR enfrenta em 2024 (Colômbia, Roménia), e fatores de carga no Brasil e EUA”; “vemos 25% de risco altista face ao consenso: revisões positivas dos ganhos devem ajudar as ações”; “acreditamos que o mercado pode estar a sobrestimar as mudanças potenciais na política de energia e nas macro-condições nos EUA; considerando que a ação está atualmente com um preço negativo para o crescimento futuro, pensamos que estes desenvolvimentos estão mais do que refletidos nas ações e não devem pesar no valor fundamental da EDPR”.
A EDP Renováveis está hoje a subir 2,31% para 11,08 euros.
Na semana passada, a empresa anunciou que o seu lucro afundou 53% até setembro para 210 milhões de euros, penalizada pelo descida do preço médio de venda de eletricidade e por menos ganhos com a rotação de ativos.
Apesar da produção de eletricidade ter aumentado 5%, com nova potência e melhores recursos renováveis, “principalmente nos EUA”, e das receitas terem subido 5%, a questão é que o preço médio de venda registou uma queda de 4% para os 59,4 MW/h, devido a “preços de eletricidade mais baixos na Ibéria, compensados pela geração coberta a preços competitivos, preços resilientes na América do Norte e preços mais altos no Brasil”.
Destaque para os ganhos de 179 milhões de euros com a venda de ativos, mas abaixo do registado em período homólogo.
Já o EBITDA recorrente recuou 9% para 1.294 milhões de euros, com a menor venda de ativos face a período recorrente.
O lucro desceu assim para os 210 milhões de euros “com o aumento de receitas operacionais a não ser suficiente para compensar os menores ganhos de rotação de ativos face ao período homólogo”.
A produção de eletricidade subiu 5%, mas os recursos eólicos ficaram “abaixo da média de longo prazo, principalmente no Brasil, e algumas perdas de curtailment, particularmente nos EUA e em Espanha. A Europa e a América do Norte representaram 31% e 55% da produção total, respetivamente, com a energia eólica onshorea representar 85% enquanto
que a energia solar representou os 15% remanescentes”.
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