As crises originadas pela doença das “vacas loucas” e da “gripe A” tornaram a carne de porco na mais consumida globalmente, com um aumento constante nos últimos 15 anos.
A mais recente crise no setor da alimentação é a peste suína africana que está a aniquilar milhões de porcos pelo mundo todo, em particular na China. Com a procura por carne de porco a aumentar, os preços da carne de porco dispararam a nível global, com o preço da carne suína a aumentar 120% na China, segundo a Bloomberg.
Na Europa, os preços das carcaças subiram 31%, com os preços dos leitões a dispararem 56% no último ano. Segundo dados das Nações Unidas, a carne de porco prepara-se para a maior subida desde 2004.
O preço da carne de porco vai voltar a aumentar até à comemoração do ano lunar chinês, no dia 25 de janeiro de 2020. Durante os festejos, o consumo de carne de porco atinge o seu máximo anual, e é expectável que com a crise instalada os preços sofram um aumento significativo.
O preço da venda de carne de porco por atacado teve um aumento significativo de 16% na semana de 11 de outubro, o maior dos últimos 13 anos. Desde o anúncio das entidades chinesas que o vírus da “febre suína” chegou ao país, vindo de África em 2018, que o preço da carne de porco duplicou.
A consequência desta doença em território chinês, tem influência direta no mercado de consumo animal no resto do mundo. A China que se estima ter mais de 250 milhões de porcos para consumo, já perdeu 40% dos seus animais, e este fator faz com que o preço dispare a nível global, sem exceções. De acordo com o departamento de agricultura dos Estados Unidos, a crise que afeta a China irá arrastar a produção de suínos a nível mundial em 10%.
O mercado alimentar chinês tem um valor estimado de 118 mil milhões de euros, e a crise da carne suína, vai fazer com que a grande potência asiática tenha que importar grande parte da carne que quer consumir, fazendo com que os preços disparem descontroladamente.
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