O preço do kilowatt, que se encontrava num valor mínimo de 0,06 euros antes do apagão, alcança agora picos de 0,25 euros depois da situação que ocorreu no início da semana passada e que atingiu os dois países ibéricos.
Explica o “Expansión” que o preço do kilowatt hora, que é pago pelos utilizadores abrangidos pela tarifa regulado) chegou a disparar quase 300% nos últimos dias, após o apagão massivo. Os números podem ser consultados a partir das estatísticas avançadas pela Red Elétrica, a empresa semiestatal responsável pela gestão do sistema elétrico no país vizinho.
A 28 de abril, à hora do apagão, o preço do kilowatt hora estava num mínimo diário de 0,06 euros. Nesse mesmo dia, às 21h00, quando a energia elétrica já começava a ser restabelecida em algumas regiões do país, o preço disparou para 0,23 euros por kilowatt hora.
Após esse acontecimento, os preços máximos nunca mais baixaram desse valor e até chegaram a 0,25 euros por kilowatt hora, ou seja, mais 294% mais que o mínimo de segunda-feira antes do apagão.
Culpar renováveis? “Irresponsável e simplista”, diz ministra
A ministra da Transição Ecológica e Desafio Demográfico espanhola, Sara Aagesen, disse que é “irresponsável e simplista” culpar as energias renováveis pelo apagão que afetou Portugal e Espanha na segunda-feira passada.
Numa entrevista publicada hoje, Aagesen admitiu que serão necessários “muitos dias” para determinar a origem da falha e não descartou nenhuma causa possível, incluindo um ciberataque, acrescentando que o Governo agirá quando houver certezas.
Ao jornal El País, a vice-ministra defendeu ainda que é absurdo ligar o apagão ao calendário de encerramento das centrais nucleares em Espanha, acordado pelas empresas de energia com o Governo.
“Estamos a investigar com extrema cautela e responsabilidade”, explicou Aagesen, “para termos certezas e podermos comunicá-las com total transparência. E para procurar medidas para evitar que isto volte a acontecer.”
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