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Preço das casas subiu 17,2% e número de transações aumentou 15,5% no segundo trimestre

Neste período foram vendidas 42.889 habitações, num valor total de 10,3 mil milhões de euros, mais 30,4% do que no período homólogo de 2024.
Arrendar casa imobiliário habitação
22 Setembro 2025, 11h15

O preço das casas em Portugal registou um aumento de 17,2% no segundo trimestre em relação ao período homólogo de 2024, mais 0,9 p.p. que no trimestre anterior, com os  preços das habitações existentes a ser superior às habitações novas, que se fixaram em 18,3% e 14,5%, respetivamente, segundo os dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta segunda-feira.

Neste período o preço das casas aumentou 4,7% entre o primeiro e segundo trimestre de 2025 (4,8% no 1.º trimestre de 2025 e 3,9% no 2.º trimestre de 2024).

No segundo trimestre de 2025, a taxa de variação média anual foi de 13,8%, mais 2,4 p.p. que no trimestre anterior, o que constitui um novo máximo da série disponível.

Neste período, as habitações existentes apresentaram uma taxa de variação de 14,6%, superior em 2,5 p.p. ao registo do trimestre precedente. Nas habitações novas, observou-se igualmente uma aceleração dos preços, com o crescimento a fixar-se em 11,7% (9,7% no primeiro trimestre de 2025).

Em relação às transações verificou-se um aumento de 15,5% face ao trimestre homólogo de 2024, num valor total de 10,3 mil milhões de euros, mais 30,4% do que no período homólogo de 2024 (variação de 25,0% no primeiro trimestre de 2025). Do total das transações, 34.579 (80,6% do total) respeitaram a habitações existentes, correspondendo a um aumento homólogo de 16,7%.

Nas habitações novas, o aumento do número de transações foi 10,9%, perfazendo 8.310 unidades. Entre dois primeiros trimestres de 2025 registou-se um aumento de 3,7% no número de transações de alojamentos. O aumento do número de transações foi observado apenas na categoria das habitações existentes (4,8%), registando-se uma redução de 0,6% nas habitações novas.

No trimestre em análise observou-se uma taxa de variação homóloga de 33,6% no valor das transações das habitações existentes, para 7,6 mil milhões de euros e um crescimento de 22,0% no valor das habitações novas, para 2,6 mil milhões de euros. O valor das transações de alojamentos aumentou 6,8% no 2.º trimestre de 2025 face ao trimestre imediatamente anterior (-5,5% no primeiro trimestre de 2025). Neste período, o crescimento observado no valor das transações das habitações existentes superou o das habitações novas, 9,2% e 0,3%, respetivamente.

O setor institucional das famílias adquiriu 37.699 alojamentos, representando 87,9% do total de transações, sendo necessário recuar até ao terceiro trimestre de 2020 para se observar um peso relativo mais elevado (88,2%). O número de transações aumentou 18,0% face a idêntico período de 2024 e 4,8% relativamente ao trimestre anterior.

O conjunto de habitações adquiridas pelas amílias totalizou 8,9 mil milhões de euros, traduzindo-se numa taxa de variação homóloga de 32,8% (46,3% no trimestre anterior).

O Norte, com um total de 12.955 transações, apresentou o maior número de vendas de alojamentos, representando 30,2% do total, um acréscimo de 0,6 p.p. face ao período homólogo. Neste período, a região que registou o segundo montante mais expressivo do número de transações e, simultaneamente, um incremento na respetiva quota relativa (+0,2 p.p.) foi a Grande Lisboa, na qual se realizaram 8.189 vendas, correspondentes a um peso relativo regional de 19,1%.

A Península de Setúbal também aumentou o seu peso relativo regional, em 0,1 p.p., representando 9,6% do total de vendas de alojamentos, totalizando 4 096 transações. Entre abril e junho de 2025, as vendas de habitações realizadas no Norte, cifraram-se nos 2,7 mil milhões de euros, 26,1% do montante total, constituindo um acréscimo homólogo de 1,7 p.p. em termos de peso relativo.

A Península de Setúbal e o Oeste e Vale do Tejo, foram as demais regiões a registarem aumentos nas respetivas quotas relativas, 0,3 p.p. e 0,2 p.p., pela mesma ordem. A Grande Lisboa, pelo terceiro trimestre consecutivo, ultrapassou a fasquia dos três mil milhões de euros no valor das transações, sendo, no entanto, insuficiente para evitar a maior redução de entre as quotas regionais (-1,5 p.p.).

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