O preço do cacau tem subido exponencialmente e o início do ano é uma prova disso mesmo pois, desde janeiro, já disparou 60%, aumentando 134% em relação aos mínimos de 2023.
No dia de hoje, quarta-feira, o preço desta matéria prima atingiu um novo recorde, ultrapassando os sete mil dólares e, segundo o jornal ‘El Economista’, esta escalada de preços deve-se a uma junção de fatores nos principais países produtores de cacau, nomeadamente a fenómenos climáticos, que desencadearam uma crise histórica que está a colocar os países que vivem da procura de chocolate na corda bamba.
A Costa do Marfim fatura cerca de 3,8 mil milhões de dólares com a produção de cacau, enquanto o Gana fatura 1,51 mil milhões de dólares. Juntos, estes países são responsáveis por 55% do mercado mundial de cacau.
Atualmente, e depois de terem sido afetados pelo fenómeno climático El Niño, que produziu aumentos nas temperaturas e condições mais secas, a produção da Costa do Marfim registou uma queda de 28% e o Gana reduziu 40%.
A organização mundial do cacau (ICCO) espera que a queda na produção continue, perspetivando que a oferta global tenha uma diminuição de 11% para 4,449 milhões de toneladas, enquanto a procura cairá 5%, fixando-se nos 4,779 milhões de toneladas. Um claro défice que vai impulsionar os preços para valores cada vez mais elevados.
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