Os preços das casas registaram um aumento em termos homólogos de 7,8% no segundo trimestre de 2020, menos 2,5 pontos percentuais do que o verificado no período anterior, segundo os dados do Índice de Preços da Habitação (IPHab) do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgado esta terça-feira, 22 de setembro.
Esta taxa de variação é a mais baixa desde o quarto trimestre de 2016 e deveu-se ao contexto da pandemia Covid-19. As habitações já existentes registaram um aumento dos preços de 8,2%, menos 2,4 p.p. que no trimestre anterior, enquanto a construção registou uma desaceleração dos preços que se traduziram numa taxa de variação de 6,0%, face aos 8,9% do primeiro trimestre.
Entre abril e junho de 2020, a taxa de variação média anual dos preços das casas existentes foi superior à verificada nas habitações novas, 9,8% e 7,2%, respetivamente.
Olhando para o número de transações e valores envolvidos, os dados revelam que no trimestre em análise foram transacionados 33.398 habitações, o que representa uma redução de 21,6% por comparação com o mesmo período de 2019.
As habitações transacionadas entre abril e junho de 2020 totalizaram 5,1 mil milhões de euros, menos 15,2% por
comparação com o mesmo trimestre de 2019. No período em análise, o valor das transações de alojamentos existentes decresceu, em termos homólogos, 16,3%, para 4,1 mil milhões de euros. Já nas habitações novas, a quebra no valor das transações fixou-se nos 10,6% tendo atingido os 1,1 mil milhões de euros.
O mês de abril foi aquele em que se registou a maior redução homóloga no valor das transações de alojamentos, 25,0%. Em maio e junho, as taxas de variação, embora de sinal negativo, registaram amplitudes decrescentes, nomeadamente, -14,2% e -7,0%, respetivamente.
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