Os futuros do petróleo norte-americano voltaram aos ganhos depois de três sessões em que o mercado registou perdas consecutivas. Os medos de uma possível recessão norte-americana abalaram os mercados, e exerceram pressão sobretudo sobre o petrolífero, no entanto a escalada das tensões geopolíticas no Médio Oriente e os cortes da OPEP+ colocaram os preços num outro patamar.
Na passada segunda-feira, os futuros de brent atingiram o nível mais baixo desde o início de janeiro, juntamente com os futuros do texano WTI, que desde fevereiro não chegavam a um nível tão reduzido.
Nesta quarta-feira, às 16h, o brent estava a ser negociado a 78,25 dólares por barril, o que representa uma subida de 2,33%, e o texano WTI ganhou 2,46%, para 75,03 dólares por barril.
Segundo a “Reuters”, Israel está a preparar-se para um esperado ataque do Irão, depois do assassinato do líder do Hamas na semana passada. “Qualquer escalada do conflito no Médio Oriente poderá representar um maior risco de interrupções no fornecimento da região”, revela o analista da ANZ, Daniel Hynes.
De acordo com os analistas da XTB, a entrada do Irão no conflito pode fazer com que os preços se agravem, uma vez que este “é um membro da OPEP e o seu envolvimento numa guerra iria reduzir a oferta de petróleo. Para além disso, o efeito de contágio direto no mercado deveria ser visível, o que levaria os preços a aumentar rapidamente de forma geral”.
Os analistas sublinham também que o preço do petróleo pode subir já amanhã, podendo-se situar nos 80 dólares por barril, depois de serem conhecidos os dados dos pedidos de subsídio de desemprego semanais dos Estados Unidos. Através destes dados vai ser possível perceber qual a evolução do mercado de trabalho norte-americano.
Caso estes resultados sejam positivos, vão “impulsionar a recuperação nos índices acionistas americanos”, caso fiquem aquém das expectativas “e se não se registarem agravamentos significativos no conflito do Médio Oriente, o preço do petróleo poderá atravessar uma queda ainda mais acentuada e fixar-se novamente nos 75 dólares por barril já amanhã”. “Caso os dados macroeconómicos continuem a agravar-se a nível mundial, o preço do Brent pode mesmo cair para os 70$ por barril”, revelam os analistas.
Taguspark
Ed. Tecnologia IV
Av. Prof. Dr. Cavaco Silva, 71
2740-257 Porto Salvo
online@medianove.com