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Preços em Moçambique subiram 0,29% em setembro

O Índice de Preços no Consumidor (IPC) de setembro do INE indica que Moçambique “registou um aumento de preços na ordem de 0,29%” face a agosto (subida de 0,68%), influenciado pelo setor da alimentação e bebidas não alcoólicas, ao contribuir no total da variação mensal com 0,08 pontos percentuais negativos.
10 Outubro 2025, 14h16

Os preços em Moçambique aumentaram 0,29% em setembro, metade da subida de agosto, com a inflação homóloga a subir ligeiramente, para 4,93%, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

O Índice de Preços no Consumidor (IPC) de setembro do INE indica que Moçambique “registou um aumento de preços na ordem de 0,29%” face a agosto (subida de 0,68%), influenciado pelo setor da alimentação e bebidas não alcoólicas, ao contribuir no total da variação mensal com 0,08 pontos percentuais negativos.

Segundo análise do IPC à variação mensal por produto, “é de destacar” o aumento de preços do peixe fresco (2,0%), de mensalidades da operadora de serviços de televisão DSTV (3,9%), de motorizadas (3,6%), do milho em grão (5,7%), do peixe seco (1,0%), da couve (3,4%) e de refeições completas em restaurantes (0,4%).

Moçambique registou antes oito recuos mensais no índice dos preços ao consumidor, em menos de um ano e meio, quatro dos quais entre abril e julho, retomando as subidas em agosto e setembro.

O INE refere igualmente que, quando comparado com 2024, o IPC indica uma subida de preços homóloga em setembro de 4,93% (4,79% em agosto e 3,96% em julho), influenciada sobretudo pelas divisões de alimentação e bebidas não alcoólicas, bem como da relativa a restaurantes, hotéis, cafés e similares, que aumentaram num ano 11,85% e 9,01%, respetivamente.

A inflação acumulada de 2024, segundo dados anteriores do INE, fixou-se nos 4,15%, que compara com os 5,3% de 2023, mas abaixo do pico de quase 13% atingido em julho de 2022.

O Governo prevê que Moçambique feche 2025 com uma inflação em torno de 7%.

O Banco de Moçambique estima que a inflação anual vai continuar a desacelerar nos próximos meses, refletindo a decisão de isentar de IVA alguns produtos básicos e reduzir em até 60% as tarifas de portagens.

“No curto prazo, prevê-se a manutenção da tendência para desaceleração da inflação anual, a refletir o impacto da isenção do IVA nos produtos básicos (açúcar, óleo alimentar e sabão), o ajustamento em baixa das tarifas de água e portagens e a queda dos preços de alimentos no mercado internacional, num contexto de estabilidade do metical”, lê-se no relatório anterior de Conjuntura Económica e Perspetivas de Inflação.

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