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Prejuízos da Pharol melhoram para 970 mil euros em 2023

No ano passado, a empresa reduziu a participação para 0,18% na operadora de telecomunicações brasileira Oi. O CEO, Luís Palha da Silva, considera que as perdas resultaram de “repetidas manobras dilatórias e da inércia atávica da justiça”.
Luís Palha da Silva, CEO da Pharol
26 Fevereiro 2024, 17h30

A Pharol melhorou os prejuízos para 970 mil euros em 2023, das anteriores perdas de 2,5 milhões de euros no ano anterior, na sequência da redução da sua participação para 0,18% na operadora de telecomunicações brasileira Oi.

A empresa diz que teve custos operacionais recorrentes de 2,2 milhões de euros, que foram parcialmente compensados com ganhos na revalorização ao justo valor dos ativos financeiros de tesouraria (1,1 milhões de euros) e dos juros líquidos (180 mil euros).

“A venda da quase-totalidade da participação que a Pharol detinha na empresa brasileira Oi, realizada durante 2022 e 2023, teve como principal consequência interna a cada vez maior concentração de esforços da gestão na tentativa de aceleração dos processos judiciais que a empresa mantém em diversas geografias”, escreveu o presidente da Pharol na mensagem publicada com o relatório financeiro.

Luís Palha da Silva considera que a Pharol registou, “de forma severa”, prejuízos que resultaram de “repetidas manobras dilatórias e da inércia atávica da justiça” portuguesa, que levaram a que não fosse possível “evitar um crescimento de custos jurídicos” no ano passado.

“No Luxemburgo, o processo de falência da Rio Forte arrastou-se, sem que tivesse sido apresentada até hoje uma lista de credores. O mesmo aconteceu em Portugal, onde os processos jurídicos em que estamos envolvidos têm evoluído de forma lenta”, alertou o presidente da Pharol.

Os capitais próprios da antiga Portugal Telecom (PT SGPS) fixaram-nos nos 68,1 milhões de euros, menos 1,59 milhões de euros comparativamente a 2022, fruto das perdas registadas em 2023 e da desvalorização da participação na Oi (3,86 milhões de euros), que foi parcialmente compensada pela venda de ações na empresa brasileira por 3,2 milhões de euros e pelas variações cambiais, no montante de 150 mil euros.

“Apesar da evolução menos favorável de alguns custos recorrentes, foi possível melhorar os resultados líquidos face aos exercícios anteriores, quer através de um programa de redimensionamento – cujos efeitos serão ainda mais visíveis a partir de 2024 –, quer através de uma política de diversificação bem sucedida na gestão de tesouraria”, destacou ainda o gestor, no relatório e contas divulgado ao público na sexta-feira e enviado esta segunda-feira à CMVM.

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