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Presidência cabo-verdiana reconhece que pandemia travou projetos da CPLP em 2020

“Vamos deixar uma CPLP dinâmica, uma CPLP com uma nova velocidade, uma CPLP que efetivamente pouco tem a ver com a CPLP de há um anos”, reconheceu, em declarações aos jornalistas, na Praia, António Alves Lopes.
6 Abril 2021, 20h36

A presidência cabo-verdiana da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) reconheceu esta terça-feira que a covid-19 condicionou a execução de vários projetos de cooperação, mas garante deixar à presidência angolana uma organização com “nova velocidade”.

“Vamos deixar uma CPLP dinâmica, uma CPLP com uma nova velocidade, uma CPLP que efetivamente pouco tem a ver com a CPLP de há um anos”, reconheceu, em declarações aos jornalistas, na Praia, António Alves Lopes, coordenador da presidência de Cabo Verde, rotativa, da CPLP.

O responsável, que é também o ponto focal de Cabo Verde na CPLP para as questões da cooperação, falava no final da reunião dos Pontos Focais de Cooperação da organização, a que presidiu, por videoconferência, a partir da Praia, a última da presidência cabo-verdiana antes da passagem de pasta à presidência angolana da organização, em julho.

“Ao passar em revista os diferentes projetos, nós constatamos, de facto, que durante o ano de 2020 realmente houve atraso na execução de alguns projetos (…) Esta pandemia levou a uma espécie de barragem, praticamente do mundo inteiro, e a CPLP e os seus projetos de cooperação também não foram poupados nesse aspeto”, disse.

O balanço da execução financeira da CPLP em 2020, bem como as ações e projetos de cooperação na organização no ano passado foram temas abordados nesta reunião, de dois dias.

“Porem, devo sublinhar que este atraso na execução não afetou de forma trágica nenhum dos projetos”, reconheceu ainda António Alves Lopes, sublinhando a “herança” que Cabo Verde deixa à organização.

As delegações dos Estados-membros analisaram nesta reunião novas propostas de atividades, nomeadamente o Observatório do Clima da CPLP e o apoio à constituição da Rede de Reservas da Biosfera da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) nos países da comunidade.

“Os projetos de cooperação não são projetos executados num ano ou dois anos, leva algum tempo”, apontou António Alves Lopes.

A presidência cabo-verdiana foi prolongada em um ano devido aos efeitos da pandemia de covid-19 em 2020 e culmina com a prevista aprovação na 13.ª Conferência de Chefes de Estado e do Governo da CPLP, em julho, em Luanda, do acordo de mobilidade entre os Estados-membros.

Esse acordo, já aprovado em 26 de março pelo Conselho de Ministros da CPLP e que depois da cimeira ainda carece de ratificação por cada país, é considerado o maior destaque da presidência cabo-verdiana da organização.

A CPLP conta com nove Estados-membros: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

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