O socialista Augusto Santos Silva vai comunicar na próxima quarta-feira, dia 2, se vai avançar ou não com uma candidatura às presidenciais do próximo ano, depois de consultar, nos próximos dias, “pessoas cuja opinião muito preza”.
O antigo ministro e Presidente da Assembleia da República revelou, numa publicação feita no Facebook, que a decisão de António Vitorino de não entrar na corrida a Belém o obrigou a uma “nova reflexão sobre o quadro das candidaturas presidenciais possíveis”, incluindo a sua própria.
Na mesma nota, o ex-governante do PS, que sempre disse não excluir nem uma candidatura a uma junta de freguesia, reafirmou que as três candidaturas até agora formalmente apresentadas, onde se inclui a do socialista António José Seguro, “não esgotam nem o espaço político nem as propostas e perfis que devem estar representados nas eleições presidenciais de janeiro”. Recentemente afirmou mesmo que o antigo secretário-geral socialista não “cumpre os requisitos” para ser Presidente da República.
Por entender existir esse espaço, e pelas suas “qualidades políticas”, Santos Silva lamenta que António Vitorino se tenha colocado de fora da corrida. Seria bem-vinda uma candidatura de António Vitorino”. “Ontem, porém, ele declinou fazê-lo, decisão que muito lamento, mas naturalmente respeito”.
O ex-comissário europeu revelou na quinta-feira à noite, na SIC Notícias, que não vai ser candidato a suceder a Marcelo Rebelo de Sousa, justificando a decisão com o facto de “não ter reunido o consenso” necessário para avançar com uma candidatura. “Não reúno as condições para ser o candidato do centro-esquerda”, disse Vitorino, frisando ter feito esforços para que houvesse apenas uma candidatura na ala socialista, mas deixando no ar a hipótese de isso acabar por acontecer. “Os candidatos não estão fechados, ainda falta muito tempo, estamos a sete meses do ato eleitoral”, afirmou.
Ao Jornal Económico (JE), Manuel Alegre, histórico socialista e apoiante declarado de José Seguro, considerou “difícil” que surjam outros candidatos no terreno. “Sob pena de criarem fraturas irreparáveis no PS”, alertou.
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