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Presidenciais: João Ferreira reúne número máximo de assinaturas necessárias para formalizar candidatura

O candidato comunista João Ferreira comprometeu-se a fazer campanha para as eleições presidenciais em “clima sereno de discussão e de confronto de ideias” e recusou contribuir para “despiques estéreis” que não ajudem na mobilização dos eleitores portugueses.  
  • José Sena Goulão/LUSA
10 Dezembro 2020, 12h58

O eurodeputado comunista João Ferreira formalizou esta quinta-feira a candidatura à Presidência da República, com a entrega do número máximo de assinaturas necessárias (15.000) no Tribunal Constitucional. João Ferreira comprometeu-se a fazer campanha em “clima sereno de discussão e de confronto de ideias” e recusou contribuir para “despiques estéreis” que não ajudem a mobilizar os eleitores portugueses.

“Diria que [as 15.000 assinaturas reunidas] são uma expressão do apoio a esta candidatura, que é ela própria uma manifestação de confiança no povo português e uma afirmação de esperança na vida deste país”, referiu João Ferreira, após entregar o número máximo de 15.000 assinaturas permitidas por lei para formalizar uma candidatura à Presidência da República no Tribunal Constitucional, em Lisboa.

O candidato ao Palácio de Belém apoiado pelo Partido Comunista Português (PCP) referiu que tudo fará para que “a campanha se centre na afirmação da visão” que tem sobre o país e “nos valores e objetivos” que entende que devem orientar o mandato do Presidente da República. “Não contribuiremos nem para despiques estéreis nem para nada que não contribua para o esclarecimento e para a mobilização”, garantiu.

João Ferreira salientou ainda que a sua candidatura “contribuirá para um clima sereno de discussão e de confronto de ideias, de visões de projetos para o país, no que toca aos poderes do Presidente da República” e para “abrir um horizonte de esperança neste país”, apesar de o país estar a enfrentar “uma situação difícil, complexa e exigente” devido à crise económica e social causada pela pandemia de Covid-19.

Criticou ainda o atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, por não cumprir completamente o “amplo leque de direitos consagrados na Constituição”, como é o caso do direito ao trabalho, direito à saúde e o direito à habitação. “O exercício que tem sido feito pelo exercício dos poderes do Presidente da República não tem contribuído para que seja essa a realidade na vida de todos os portugueses. Algumas vezes, desajudou”, salientou.

João Ferreira foi o primeiro dos nove pré-candidatos anunciados a formalizar a candidatura a Presidente da República. Para formalizar a candidatura a Belém, os candidatos têm de entregar, pelo menos, 7.500 assinaturas no Tribunal Constitucional.

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