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Presidenciais: Marcelo tranquilo e Ana Gomes a perder terreno para André Ventura e Marisa Matias em sondagem da Intercampus

Presidente da República ainda não anunciou a recandidatura, mantendo vantagem confortável sobre os outros candidatos e enorme distância em relação ao resultado de Mário Soares em 1991. Sondagem da Intercampus também indica elevada rejeição do acordo de incidência parlamentar entre PSD e Chega nos Açores.
  • Manuel de Almeida/Lusa
23 Novembro 2020, 10h54

Uma sondagem sobre a intenção de voto nas eleições presidenciais de janeiro de 2021, realizada pela Intercampus para o Correio da Manhã, mostra que a reeleição de Marcelo Rebelo de Sousa para um segundo mandato não está em causa, embora distante do recorde de 70,35% conseguido por Mário Soares em 1991, enquanto o estatuto de segundo candidato mais apoiado alterou-se ligeiramente, com Ana Gomes a perder parte da sua vantagem para André Ventura e Marisa Matias.

Segundo a sondagem, com entrevistas realizadas entre 9 e 16 de novembro, Marcelo Rebelo de Sousa subiu ligeiramente nas intenções de voto, de 56,2% para 56,6%, mantendo uma margem muito confortável para a reeleição logo à primeira volta, que deverá ser marcada para 24 de janeiro. O Presidente da República ainda não anunciou a recandidatura, o que pode ocorrer ainda durante esta semana, mas conta desde já com o apoio do PSD e com a garantia de que também o CDS-PP estará consigo quando decidir avançar.

Pelo contrário, a antiga eurodeputada Ana Gomes sofre um retrocesso na mais recente sondagem da Intercampus, descendo de 17,2% para 16,1%. A militante socialista, que não conta com apoio do PS – cujos militantes e dirigentes terão liberdade de voto nas eleições presidenciais -, mas tem consigo o PAN e o Livre, viu aproximarem-se o terceiro e a quarta colocados nas intenções de voto: o deputado único e presidente do Chega, André Ventura, subiu de 8,2% para 10,5%, mas não foi o candidato a obter um maior acréscimo de apoio, pois a eurodeputada do Bloco de Esquerda Marisa Matias subiu de 6,1% para 8,7%, aproximando-se dos 10,12% obtidos em 2016, quando ficou atrás de Marcelo Rebelo de Sousa e de Sampaio da Nóvoa.

Muito mais atrás vem o eurodeputado comunista João Ferreira, que conta com o apoio do PCP e do PEV, tendo descido de 2,6% para apenas 2,3%, pouco à frente de Tiago Mayan Gonçalves, lançado pela Iniciativa Liberal, que sobe de 1,5% para 1,6%. Ambos ficam abaixo da margem de erro da sondagem, que é de 3,9%, e da fasquia dos 5%, que é condição necessária para a concessão da subvenção pública destinada a custear a campanha eleitoral.

Na mesma sondagem da Intercampus ficou manifesto que apenas 30,9% dos entrevistados concordam com o acordo de incidência parlamentar com o Chega que viabiliza o governo regional dos Açores liderado pelo social-democrata José Manuel Bolieiro, subindo tal percentagem para 51,8% caso a aliança formada pelo PSD, CDS e PPM excluísse qualquer apoio do partido liderado por André Ventura. Quanto à transposição desse acordo para o âmbito nacional, a percentagem de apoio reduz-se para apenas 21,9%.

 

 

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