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Presidenciais no Brasil: Bolsonaro dá força ao real e à bolsa

“O Real brasileiro entrou numa curta corrida acelerada ascendente, com os mercados a avaliarem positivamente uma vitória da extrema-direita de Bolsonaro”, explicaram os analistas da Ebury.
8 Outubro 2018, 19h38

Jair Bolsonaro ainda tem de vencer Fernando Haddad na segunda volta das eleições brasileiras, mas já está a receber a aceitação dos mercados. O candidato de direita conseguiu 46,2% dos votos, contra 29,1% do adversário e o resultado está a dar força tanto à moeda como às ações.

“O Real brasileiro entrou numa curta corrida acelerada ascendente, com os mercados a avaliarem positivamente uma vitória da extrema-direita de Bolsonaro, alegadamente mais favorável aos mercados. Até ao momento da presente publicação, Bolsonaro parece ter garantido uma percentagem de votos superior ao esperado, embora ainda aquém de uma maioria absoluta, obrigando a uma segunda volta”, explicou a fintech de câmbio Ebury.

O Real aprecia-se, às 18h30 desta segunda-feira, 2,23% contra o dólar para 3,7575. Face ao euro, a moeda brasileira valoriza 2,55% para 4,3127. Na bolsa, a tendência também é de subida, com a Bovespa a ganhar 4% para 85.618,19 pontos.

“Embora se trate de um candidato populista, a sua provável vitória na segunda volta [a 28 de outubro] seria positiva para o mercado, dado que quem seria o seu Ministro da Economia/Finanças é pro-business: deverá relançar as privatizações e reformar as pensões e o sistema fiscal”, referiu a equipa de research do Bankinter.

Os analistas do Bankinter consideram ainda este desfecho da primeira volta e a provável vitória de Bolsonaro na segunda volta deverá impulsionar as ações de empresas como a petrolífera Petrobras ou a elétrica Eletrobras, que seguem a valorizar 10,5% e 13,9%, respetivamente.

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