[weglot_switcher]

Presidenciais russas marcadas por novo ataque ucraniano

A resposta ucraniana às agressões russas surgiu com recurso a mísseis e drones. Os alvos têm sido maioritariamente as refinarias de petróleo em solo russo e este clima de guerra acaba por ensombrar o período eleitoral que se vive no país.
16 Março 2024, 13h00

No segundo dos três dias de eleições presidenciais na Rússia, a Ucrânia desencadeou nova ofensiva em resposta às investidas provenientes do Kremlin. O ataque surgiu através de mísseis, que provocaram a morte de duas pessoas, e também de drones, que incendiaram uma refinaria de petróleo no oeste da Rússia.

Dmitry Azarov, governador da região de Samara, que se situa a sudeste de Moscovo, mais concretamente a 850 km de distância, confirmou a ofensiva ucraniana mas sublinhou que um ataque a uma segunda refinaria tinha sido frustrado. Já o ministério da Defesa da Rússia afirmou ter repelido as tentativas das forças ucranianas de atravessar a fronteira com a região de Belgorod. Por esse motivo, a maior parte das escolas e centros comerciais vão estar encerrados nos próximos dias, garantiu o governador dessa região, Gladkov.

A contraofensiva ucraniana surge depois de novo ataque do Kremlin, o mais mortífero das últimas semanas, que se verificou no dia de ontem. Vários mísseis atingiram uma zona residencial na cidade portuária ucraniana de Odesa, no Mar Negro, matando pelo menos 20 pessoas e ferindo mais de 70.

A reação da Ucrânia surgiu este sábado e foi a resposta mais recente às agressões russas. Os alvos têm sido maioritariamente as refinarias de petróleo em solo russo e este clima de guerra acaba por ensombrar o período eleitoral que se vive no país.

De sublinhar que a taxa de participação global ultrapassou os 40% na tarde do segundo dia de votação. Algumas das taxas mais elevadas – próximas dos 70% – foram registadas na região de Belgorod, onde ocorreu o ataque com mísseis, e em regiões da Ucrânia controladas pela Rússia, onde Kiev afirma que a votação é ilegal e nula.

Já o dia anterior ficou marcado por uma série de protestos, incluindo o derrame de líquido tingido nas urnas e o lançamento de um cocktail Molotov numa assembleia de voto na cidade natal de Putin, bem como por ataques informáticos.

O partido do governo russo, Rússia Unida, afirmou hoje que estava a enfrentar um ataque generalizado de negação de serviço – uma forma de ciberataque que visa paralisar o tráfego na Internet – e que tinha suspendido os serviços não essenciais para o repelir.

A agência noticiosa estatal RIA citou um alto funcionário das telecomunicações que afirmou que o nível de ciberataques contra a Rússia era “sem precedentes”, atribuindo a culpa à Ucrânia e aos países ocidentais.

 

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.