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Presidente da AEP: “Regredimos mais de uma década ao nível das exportações”

Longe de terem desaparecido, os problemas de capitalização das empresas podem encontrar forte apoio no Banco de Fomento. Mas Luís Miguel Ribeiro, presidente da Associação Empresarial de Portugal, considera que também é necessário um choque fiscal.
20 Setembro 2020, 09h00

Depois de uma primeira fase em que as propostas do Governo para combater a pandemia do lado da economia motivaram uma generalizada aceitação por parte da maioria das organizações patronais, o fim do lay-off simplificado marcou o “antes” e o “depois” desse alinhamento. A partir daí, as associações passaram a dar voz às empresas que consideravam o fim do lay-off simplificado como um passo atrás na defesa de empresas, emprego e capacidade de geração de novos empregos. O Governo não tem sido sensível a estes argumentos – ou, pelo menos, não suficientemente sensível – e voltou a instalar-se um ambiente de tensão entre os dois lados. Luís Miguel Ribeiro, presidente da Associação Empresarial de Portugal, dá voz a esse descontentamento. E alerta que a carga fiscal é o sintoma mais evidente de que as empresas estão sem ‘chão’ para avançarem na retoma.

O resultado é a incapacidade de o tecido empresarial responder favoravelmente à necessidade de arranque da economia. Que, recorda Luís Miguel Ribeiro, está sem margem para readquirir uma das suas principais caraterísticas anteriores à Covid-19: a capacidade exportadora, que, diz, está aos níveis pré-adesão à CEE. A esperança, ou parte dela, está agora no Banco de Fomento – uma novela que, segundo o Governo, tem finalmente um fim à vista. Resta saber que margem consideram ter António Costa e Pedro Siza Vieira para avançarem nesse sentido.

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