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Presidente da cabo-verdiana Pró Capital quer desmistificar conceito de capital de risco

“Fazemos questão de apelar aos bancos a não rejeitarem qualquer proposta de crédito por insuficiência de fundos próprios e contamos com eles para nos ajudar a identificar os promotores que têm projectos de interesse, mas que precisam reforçar os capitais próprios”, esclareceu Adalgisa Vaz.
  • Inforpress
16 Abril 2019, 15h42

A recém-empossada presidente da sociedade cabo-verdiana Pró Capital, Adalgisa Vaz, prometeu esta terça-feira, na Cidade da Praia, que vai trabalhar na “desmistificação” do conceito de capital de risco. Em declarações à imprensa, à margem da sua tomada de posse, Adalgisa Vaz disse contar com o apoio dos bancos, das associações dos empresários e da Pro Empresa nesse trabalho, para demonstrar o interesse do venture capital como uma fonte alternativa ao financiamento das empresas.

“Fazemos questão de apelar aos bancos a não rejeitarem qualquer proposta de crédito por insuficiência de fundos próprios e contamos com eles para nos ajudar a identificar os promotores que têm projectos de interesse, mas que precisam reforçar os capitais próprios”, esclareceu Adalgisa Vaz.

De acordo com a mesma porta-voz, essa “desmistificação” vai permitir uma alavancagem financeira para mobilizar recursos junto dos bancos e dos mercados de capitais, visto que, conforme explicou, muitas vezes as empresas submetem perdidos de financiamento, mas não têm o capital mínimo exigido pelos bancos para poderem aceder ao financiamento.

“A Pró Capital é uma resposta para dotar as empresas de fundos necessários para poderem mobilizar recursos ou então levar a cabo o seu programa de investimento”, indicou, acrescentando ainda que pretende-se criar um fundo de capital de risco para acompanhar projetos de startup se de pequenas e médias empresas nos domínios das tecnologias de informação, sendo o montante máximo de financiamento de cinco mil contos (com a participação maioritária da Pro Empresa e de até dois mil contos Pro Capital).

Por sua vez, o ministro das Finanças cabo-verdiano, Olavo Correia, que presidiu ao acto da tomada de posse, disse que com a criação da Pró Capital ficou completo o ecossistema da sociedade de risco de capitais, que vai permitir com que o acesso ao financiamento seja mais facilitado. Olavo Correia prometeu apoiar o conselho de administração da recém-formada empresa e anunciou a injecção de cerca de cinco milhões de euros para que possa partilhar o capital próprio com os empresários que têm bons projectos.

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