O presidente da Comissão da União Africana (UA), Moussa Faki Mahamat, disse que está preocupado com uma possível “interferência” na Líbia, após a decisão da Turquia de enviar tropas para aquele país.
Os parlamentares turcos aprovaram uma moção na quinta-feira permitindo que o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, envie soldados para a Líbia para apoiar o Governo de União Nacional (GNA) de Trípoli contra a ofensiva do marechal Khalifa Haftar, que é o homem forte no leste da Líbia.
O responsável da UA disse na noite de sexta-feira, através de um comunicado, que está “profundamente preocupado com a deterioração da situação na Líbia e o sofrimento contínuo do povo líbio”.
“As várias ameaças de interferência política ou militar nos assuntos internos do país aumentam o risco de confronto, com motivações que nada têm a ver com os interesses fundamentais do povo líbio e as suas aspirações por liberdade, paz, democracia e desenvolvimento”, referiu Moussa Faki Mahamat.
O responsável da União Africana também pediu à comunidade internacional que se juntasse a África na busca de um acordo pacífico para a crise na Líbia, alertando sobre as suas “consequências perigosas” para todo o continente.
A Líbia está mergulhada no caos desde a queda do regime do Presidente Muammar Kadhafi em 2011.
Duas autoridades disputam o controlo da Líbia: o Governo de União Nacional (GNA), reconhecido pela ONU; e um Governo e um parlamento no leste da Líbia sob o comando de Haftar.
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