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Presidente da PwC diz o mais importante do Programa de Recuperação e Resiliência é a sua concretização

António Correia participava no ‘webinar’ sobre fundos europeus, promovido pela consultora e pelo Jornal Económico, onde disse esperar que os fundos europeus possam dirigir-se para a ações concretas, com eficiência e transparência.
Presidente da PwC num webinar do JE
17 Março 2021, 15h15

O presidente da consultora PwC, António Correia, defende que o mais necessário na gestão dos fundos europeus de que Portugal vai dispor até 2019 é a sua concretização, em projetos concretos, que ajudem a colmatar a quebra do investimento verificada na última década.

António Correia falava no início do webinar sobre fundos europeus, promovido pela consultora PwC e pelo Jornal Económico (JE), transmitido a 17 de março, quarta-feira, através da plataforma JE TV, onde continua disponível (www.jornaleconomico.pt).

“O país investe hoje menos, em percentagem do PIB [produto interno bruto], do que investia há dez anos atrás”, apontou, sublinhando que, apesar de um bom posicionamento em algumas áreas nos rankings internacionais, “sabemos que o país tem de melhorar e de continuar um caminho de prosperidade em áreas como o digital, a produtividade das empresas, na educação das pessoas”.

O investimento, medido pela formação bruta de capital fixo, em percentagem do PIB, era de 18,2%, em 2019 (de acordo com os últimos dados das contas nacionais, que têm 2016 como ano de referência), o que representa uma quebra de 2,4 pontos percentuais face ao rácio registado em 2010.

Portugal deverá receber cerca de 61 mil milhões de euros em fundos europeus, em subvenções e empréstimos, até 2029, através do instrumento de financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (16,4 mil milhões de euros), do próximo Quadro Financeiro Plurianual 2021-2027 (33,6 mil milhões de euros) e dos montantes ainda disponíveis no quadro do anterior programa plurianual Portugal 2020 (11,2 mil milhões de euros).

“Mais do que um plano ou de um diagnóstico – e têm sido feitos vários ao longo dos anos –, é fundamental a concretização”, disse o presidente da PwC, acrescentando que o que se espera dos fundos europeus é que “possam ser dirigidos à criação de ações concretas, implementadas com eficiência e com transparência, com responsabilidade por um dinheiro que é de todos, que é um recurso escasso e que tem de ser bem aproveitado”.

Esta iniciativa da PwC e do JE conta com uma intervenção de abertura feita pelo ministro do Planeamento, Nelson de Souza, seguindo-se uma intervenção de Pedro Deus, Global Incentives Solutions partner da PwC.

O debate decorre com a presença de Nuno Mangas, presidente do Compete 2020; António Saraiva, presidente da CIP; Ana Isabel Coelho, vogal do IEFP – Instituto do Emprego e da Formação Profissional; e Duarte de Jesus Rodrigues, vice-presidente da Agência para o Desenvolvimento e Coesão.

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