Numa espécie de lição de ecumenismo semelhante àquela que já havia proferido há cinco anos atrás – mas desta vez no Porto – o Presidente da República, que tomou posse esta terça-feira para o seu segundo mandato, pediu a todos “o respeito pela liberdade e portanto pela diversidade”, que é não só uma das palavras de (quase) todas as religiões, mas um dos capítulos mais importantes da Constituição. “Respeitem a liberdade, não a queiram limitar com as opções pessoais”, disse.
De algum modo, o Presidente quis fazer uma ‘transfusão’ entre ecumenismo e a Constituição, ao dizer que “o espírito ecuménico deve ser o espírito nacional”, e convocou “crentes e não crentes” para esse desafio maior que é “o amor como regras de vida”.
No edifício da Câmara Municipal do Porto – onde recebeu os representantes das principais religiões a laborar em Portugal – Marcelo Rebelo de Sousa agradeceu a todos o empenho demonstrado no combate à pandemia e pediu que esse esforço continue – sendo essa uma das prioridades do seu segundo mandato que agora começa.
Numa intervenção breve, o Presidente da República apelou a que todas as confissões e aqueles que não professam nenhuma (não se esqueceu nunca dessa parte da população) para “que tudo façam para defender a liberdade e a compreensão mútua”.
Antes de Marcelo Rebelo de Sousa, já tinha usado da palavra o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, que se mostrou uma aderente à agenda do Presidente da República enunciada na cerimónia de tomada de posse durante a manhã: “tudo farei para convergir com as verdadeiras políticas de interesse nacional”, como a redução da pobreza e a desigualdade ou a luta contra a pandemia.
“Enquanto for presidente da Câmara, tudo farei para convergir com as verdadeiras políticas de interesse nacional como a redução da pobreza e da desigualdade, que esta manhã estiveram no discurso do Presidente da República, assumindo como uma das suas missões a coesão de Portugal”, disse o independente Rui Moreira.
Rui Moreira agradeceu a Marcelo Rebelo de Sousa a realização da cerimónia numa cidade que é “de tolerância” e que “acolhe e abriga inúmeros cidadãos de diversas raças, credos e opiniões políticas”. “O Porto é uma cidade liberal que sempre soube conviver com a diferença, com aqueles que visitam, com aqueles que nos escolhem para aqui fazerem as suas vidas”, disse.
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