O Presidente da República manifestou “profundo pesar” pela morte do histórico do PS João Cravinho, um político que Marcelo Rebelo de Sousa caracteriza como “multifacetado”.
“Multifacetado, pautou a sua vida por uma defesa incansável da ética na política e na vida pública, lutando sempre contra a corrupção e desempenhando os mais diversos cargos com desassombro e coragem”, assinalou o chefe de Estado numa nota publicada no site da Presidência, apresentando as “suas sentidas condolências à família e amigos” de João Cravinho, “bem como ao Partido Socialista, ao qual pertenceu”.
João Cravinho, figura histórica do PS, morreu esta quarta-feira “tranquilamente em casa”. Tinha 88 anos.
Nascido em Angola em 1936 e formado em engenharia civil, João Cravinho foi ministro do Equipamento, Planeamento e Administração do Território no XIII Governo Constitucional, chefiado por António Guterres, e ministro da Indústria e Tecnologia no IV Governo Provisório, liderado por Vasco Gonçalves.
Conhecido por ser um dos militantes do PS que mais defendeu legislação para combater a corrupção, João Cravinho ocupou o lugar de deputado na Assembleia da República em várias legislaturas. Chegou a ser vice-presidente do Parlamento Europeu e foi membro do Conselho de Estado.
De 2007 a 2011, foi administrador do Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento (BERD), com sede em Londres, de acordo com a nota biográfica no site do partido. E destacou-se também como presidente da Comissão Independente para a Descentralização.
O seu filho, João Gomes Cravinho, foi ministro da Defesa e dos Negócios Estrangeiros em executivos liderados por António Costa.
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