[weglot_switcher]

Presidente de Cabo Verde quer poder político a fazer gestão dos “sinais e insatisfações”

Quanto às declarações de Ulisses Correia e Silva que indicam “não poder fazer nada por decisão política”, o chefe de Estado afirmou ter ouvido isso na comunicação social e defendeu que é preciso saber ler e interpretar as declarações feitas por políticos.
20 Dezembro 2018, 13h46

O Presidente da República defendeu esta quarta-feira que o poder político tem de ter noção de que tem de fazer uma gestão dos “sinais e insatisfações” para poder manter “razoável a satisfação” a nível nacional, social e regional.

Jorge Carlos Fonseca fez essa declaração quando convidado pela comunicação social a dar sua opinião sobre a manifestação realizada domingo, 16, em São Vicente, pelo Movimento Sokols, uma forma de pressionar o Governo para a reposição dos voos internacionais da Cabo Verde Airlines, de e para a ilha.

“A manifestação é um direito consagrado na constituição e, de certa maneira, a expressão é de salutar numa vivencia democrática, mas o que diria é que nós, o Governo, a presidência e todos outros, devemos acompanhar e estar atentos para interpretar os sinais para que quando forem relevantes e de legítima expressão de insatisfação, se traduzam em concretização de políticas públicas”, disse.

Quanto às declarações de Ulisses Correia e Silva que indicam “não poder fazer nada por decisão política”, o chefe de Estado afirmou ter ouvido isso na comunicação social e defendeu que é preciso saber ler e interpretar as declarações feitas por políticos.

“Eu interpretei isso no sentido que o primeiro-ministro quis dar a entender que as políticas empresariais são decididas pelas empresas e que não se pode administrativamente impor medidas se elas não têm sentido no ponto de vista da lógica empresarial”, explicou.

O Governo, segundo disse, deve ter em conta a dimensão do tecido empresarial, no caso de São Vicente, analisar a sua importância e influenciar com medidas políticas para que haja “mais apoio e ligações aéreas mais abrangentes”.

Quanto à participação do Presidente da República no empossamento do homólogo brasileiro, Jorge Carlos Fonseca avançou que recebeu o convite enquanto e porque também esta a exercer a presidência por tempere da CPLP há uma “grande possibilidade” de poder estar presente na cerimónia do dia 01 de Janeiro de 2019, em Brasília.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.