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Presidente do BCE diz que o euro tornou os europeus “mais fortes” contra as crises

O euro tornou os europeus “mais fortes” a lidar com as crises económicas, defendeu hoje a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, dando como exemplo a resposta europeia na pandemia de covid-19.
Forum BCE 2020 — Christine Lagarde
BCE
31 Dezembro 2021, 17h37

“Não há dúvida de que somos mais fortes graças ao euro”, escreveu Christine Lagarde num artigo de opinião publicado em alguns jornais europeus, nomeadamente o Frankfurter Rundschau (Alemanha), o Corriere della Sera (Itália) e o La Provence (França), por ocasião das celebrações do 20.º aniversário da moeda comunitária, assinalado no sábado.

Há 20 anos, 12 Estados-membros, entre os quais Portugal, abdicaram das respetivas moedas para adotar o euro, considerado um símbolo da unidade europeia, apesar das diferenças entre as diversas economias.

Ao longo de duas décadas, o euro enfrentou graves crises e a própria sobrevivência da moeda chegou a ser colocada em causa, mas a líder do BCE mostrou-se convencida de que “os recentes choques económicos teriam sido ainda mais difíceis sem a estabilidade e integração que o euro deu” ao mercado único.

O euro tem “desempenhado um papel fundamental na coordenação da resposta na Europa” desde o aparecimento da pandemia, segundo Christine Lagarde, que lembrou o trabalho do BCE para assegurar as condições de financiamento da economia face à necessidade de apoiar vários setores que ficaram fortemente afetados com a covid-19.

A presidente do BCE afirmou também que a instituição está a trabalhar “incansavelmente” para “proteger as notas contra a contrafação” e que é seu dever “estudar possíveis formas complementares de pagamento, como o euro digital”.

Em julho, o BCE anunciou o lançamento de uma fase de trabalho com vista à introdução do euro digital no prazo de cinco anos, em resposta à crescente desmaterialização dos pagamentos e à proliferação de criptomoedas.

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