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Presidente do Ifo considera que a Alemanha tem de fazer reformas se quiser crescer acima dos 2%

“O dinheiro por si só não será suficiente. Existem muitos obstáculos. A Alemanha tem de estar disposta a reformar em várias áreas”, acrescentou o presidente do Instituto ifo.
13 Junho 2025, 14h43

O presidente do Instituto ifo, Clemens Fuest, considerou que a meta de crescimento económico traçada pelo governo alemão pode ser atingida.

Contudo, alertou Clemens Fuest, para que o crescimento de 2% seja possível, o executivo alemão teria que implementar um conjunto de reformas. “O dinheiro por si só não será suficiente. Existem muitos obstáculos. A Alemanha tem de estar disposta a reformar em várias áreas”, acrescentou o presidente do Instituto ifo.

Clemens Fuest, apoiando-se no German Council of Economic Experts, estima que o crescimento pode atingir uma média de 2,3%, entre 2026 e 2030, se a despesa adicional do executivo for focada no investimento. Para o presidente do ifo, é “essencial” combinar investimento público com reformas adicionais.

Contudo, o presidente do ifo alerta que um dos riscos com o aumento da despesa pública poderia ser o “afastar do investimento privado e uma subida de preços”. Para prevenir isto, sugere Clemens Fuest, as empresas privadas elegíveis para contratos públicos “teriam de aumentar a sua capacidade e competir entre si por esses contratos”, caso contrário os preços subiriam.

O presidente do ifo acrescenta que a capacidade só pode ser construída com mais trabalho. “A competição é necessária. O trabalho extra tem de valer a pena. Melhores creches e remodelações em benefício dos cidadãos podem ajudar a aumentar a oferta de mão-de-obra”, disse Clemens Fuest.

Um estudo do ifo defende ainda que a redução da burocracia poderia libertar mais mão-de-obra e impulsionar a produção económica num total de 4,6% em oito anos.

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