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Presidente eleito da Guiné-Bissau convida homólogo de Cabo Verde para cerimónia de posse

O evento realizar-se-á em fevereiro.
  • ‘@ Inforpress
14 Janeiro 2020, 21h00

O presidente eleito da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, foi à cidade da Praia convidar o Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, para a cerimónia da sua posse que se realizará em fevereiro. Da parte do chefe de Estado cabo-verdiano, disse ter recebido a resposta de que “Cabo Verde terá das delegações mais bem representadas na cerimónia”.

“Guiné e Cabo Verde, temos uma história, somos irmãos e por isso que eu passei aqui para testemunhar a minha eleição ao cargo de Presidente da República da Guiné e testemunhar ao povo cabo-verdiano de que Guiné-Bissau e Cabo Verde vão fortalecer ainda mais as suas relações e convidar o presidente para a cerimónia de posse em Fevereiro”, disse Umaro Sissoco Embaló.

Umaro Sissoco Embaló adiantou ainda que, depois de empossado, Cabo Verde será o primeiro país a receber a sua visita na qualidade de Chefe de Estado.

Questionado sobre o pedido do candidato derrotado Domingos Simões Pereira para que a comunidade internacional se pronuncie em relação às provas de alegada fraude eleitoral que apresentou à justiça do país.

O recém-eleito presidente da Guiné-Bissau disse que ele é um candidato da oposição, e que enquanto tal é lhe impossível fazer fraude eleitoral. “É a primeira vez que estou a ouvir que um candidato da oposição faz fraude eleitoral. Quem geriu as eleições foi o Governo dele. Sou um homem de bem. O candidato derrotado já me tinha felicitado e agora está a reconsiderar a posição dele”, disse.

Sobre o pedido de impugnação das eleições, sustentou que esse é um discurso de perdedor e avisou que desde 29 de dezembro a Guiné-Bissau deixou de ser uma “república de banana”. “Domingos Simões Pereira pensa que a Guiné-Bissau continua a ser a república de banana, mas a Guiné-Bissau já mudou. Mudou desde o dia 29 de Dezembro. Isso já é segunda república, não será nunca mais aquele país em que cada um faz aquilo que quer”, disse.

Sissoco Embaló garante que será presidente de todos os guineenses e perspetiva “boas relações” com o Governo, mesmo sendo ele um candidato apoiado pela oposição. “Na Guiné-Bissau existe a separação de poderes. Eu sou Presidente da República e não tenho nada contra o Governo. Vou exigir maior celeridade. Eu sou um homem da concórdia nacional e não vou lá para comprar problemas porque a Guiné-Bissau já tem problemas que cheguem”, disse, adiantado que o seu desejo é ver a Guiné-Bissau melhor que Cabo Verde, Senegal e outros países.

De acordo com os resultados provisórios, o general Umaro Sissoco Embaló, apoiado pelo Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), venceu o escrutínio com 53,55% dos votos, enquanto Domingos Simões Pereira conseguiu 46,45%. “Eu sou de uma geração de concretas e por isso tenho de fazer história”, anotou o candidato vencedor da segunda volta das eleições presidenciais realizadas no dia 29 de dezembro.

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